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Agronegócio

VBP agropecuário deve crescer 5,6% e atingir R$ 139,7 bilhões em 2024

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Minas Gerais deve encerrar 2024 com um Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária de R$ 139,7 bilhões, segundo dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O montante representa um aumento de 5,6% em relação ao ano anterior, com destaque para o desempenho do café, que deve registrar alta de 27,3% no VBP, e para a pecuária, que também avança 5,2%.

O crescimento do VBP agropecuário reforça a posição de Minas Gerais como um dos principais polos do agronegócio no Brasil. Além de garantir renda para os produtores rurais, o setor desempenha papel estratégico na economia estadual, gerando empregos e movimentando outros segmentos, como transporte e indústria de insumos.

O desempenho positivo, sobretudo no café e na pecuária, mostra a resiliência e a capacidade de adaptação do setor em um ano marcado por desafios econômicos e climáticos. Mesmo com as quedas em soja e milho, o cenário geral sinaliza otimismo para o agronegócio mineiro em 2024.

O setor agrícola será responsável por grande parte desse crescimento, com previsão de atingir R$ 92,7 bilhões, 5,7% a mais que em 2023. O café continua sendo o carro-chefe da produção mineira, somando um VBP estimado em R$ 36,6 bilhões, o que equivale a 39,5% do faturamento total das lavouras.

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A valorização da saca de 60 kg de café arábica, que em novembro chegou a R$ 2 mil, o maior valor real desde 1998, foi um dos fatores que impulsionaram esse desempenho. “O café é o principal produto agrícola de Minas e tem mostrado resiliência diante de condições desafiadoras no mercado global, com preços elevados devido à oferta limitada”, destacou a Seapa.

Outros produtos agrícolas com alta no VBP incluem:

  • Cana-de-açúcar: avanço de 1,6%, totalizando R$ 14,7 bilhões, o terceiro maior faturamento da lavoura;
  • Batata-inglesa: crescimento expressivo de 61,8%;
  • Banana: aumento de 29,6%.

No entanto, nem todos os produtos tiveram bom desempenho. O VBP da soja deve recuar 17,6%, para R$ 16,3 bilhões, enquanto o do milho terá queda de 25,3%, fechando em R$ 6,3 bilhões, devido à redução na produção desses grãos no estado.

O setor pecuário mineiro também prevê um resultado positivo em 2024, com faturamento bruto estimado em R$ 46,9 bilhões, alta de 5,2%. Os destaques incluem:

  • Bovinos: crescimento de 6,8%, alcançando R$ 14 bilhões;
  • Frango: avanço de 6,6%, somando R$ 7,6 bilhões;
  • Suínos: aumento de 20,2%, atingindo R$ 6,3 bilhões.
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Embora o leite, maior VBP do setor, permaneça estável em R$ 16,8 bilhões, houve leve retração de 0,1%. Já o faturamento com ovos registrou queda de 4,7%, totalizando R$ 2,1 bilhões.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Estimativas da produção de arroz gera embate entre entidades e governo

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A divulgação do levantamento da safra 2024/25 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) gerou reações contundentes de entidades ligadas à produção de arroz no Rio Grande do Sul. A Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul) e a Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul) criticaram os dados apresentados, acusando a Conab de superestimar números para influenciar o mercado e pressionar o preço do cereal para baixo.

De acordo com a Conab, a área plantada de arroz no Rio Grande do Sul deve atingir 988 mil hectares, representando um crescimento de 6,4% em relação às projeções do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), que estima 927,8 mil hectares. Essa diferença de 60 mil hectares, segundo as entidades, pode significar uma produção adicional de 500 mil toneladas de arroz, impactando diretamente a formação de preços no mercado interno.

O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, criticou a metodologia da Conab e apontou que o órgão desconsiderou dados consolidados pelo Irga, que realiza levantamentos diretamente no campo. Segundo Velho, a Conab estaria usando números “inflados” com objetivos políticos e econômicos, o que poderia gerar prejuízos significativos à cadeia produtiva do arroz.

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As entidades destacaram que erros como esse já causaram problemas no passado. Em 2024, o governo federal chegou a considerar a importação de arroz no valor de R$ 7,2 bilhões, alegando risco de desabastecimento – um cenário que, segundo a Federarroz e a Farsul, nunca se concretizou.

A nota conjunta tranquilizou os consumidores ao afirmar que o Brasil produzirá mais arroz do que o necessário para atender à demanda interna, exportando o excedente. Contudo, alertou para os prejuízos econômicos que estimativas equivocadas podem causar aos produtores e à competitividade do arroz brasileiro no mercado internacional.

Em nota oficial, a Conab defendeu a metodologia utilizada em seus levantamentos, afirmando que seus estudos agrícolas, realizados há quase 50 anos, servem para subsidiar políticas públicas. A autarquia ressaltou que suas projeções refletem expectativas de produção com base no mês anterior à publicação e que novos levantamentos serão realizados com o uso de tecnologias avançadas, como o mapeamento por imagens de satélite em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

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Segundo a Conab, o objetivo é oferecer informações mais confiáveis e detalhadas, reduzindo divergências.

Para as entidades, a falta de alinhamento entre os dados da Conab e do Irga evidencia a necessidade de maior integração entre os órgãos responsáveis. Enquanto o Irga ajusta suas estimativas com base em condições adversas enfrentadas pelos produtores, como eventos climáticos, a Conab trabalha com projeções mais amplas, que podem não refletir a realidade no campo.

A disputa por credibilidade entre os dois levantamentos é vista como um risco para o setor, especialmente em um momento de margens reduzidas para os produtores de arroz. A superprodução artificialmente projetada pela Conab pode desestabilizar o mercado, pressionando ainda mais os preços pagos ao produtor.

Enquanto aguarda os próximos levantamentos, o setor agropecuário reforça a necessidade de dados precisos e políticas públicas alinhadas à realidade, para evitar prejuízos econômicos e sociais à cadeia produtiva do arroz.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Exportações de algodão crescem, mas mercado interno enfrenta desafios

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O algodão segue como um dos produtos de destaque do agronegócio brasileiro, com Mato Grosso reafirmando sua posição de maior exportador do país. Em dezembro de 2024, o estado foi responsável por 63,58% das exportações nacionais, embarcando 224,35 mil toneladas de pluma, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Entre agosto e dezembro, o estado exportou 729,89 mil toneladas, registrando um aumento de 9,78% em comparação ao mesmo período da safra anterior.

O mercado internacional tem sido crucial para o setor algodoeiro mato-grossense, com destaque para o Vietnã e a China como os principais destinos da fibra. No último mês, o Vietnã importou 52 mil toneladas, enquanto a China adquiriu 48,99 mil toneladas. Essa forte demanda externa, aliada ao crescimento de 5,66% projetado para as exportações totais da safra 2023/24, evidencia o papel estratégico de Mato Grosso na produção global de algodão.

Apesar dos resultados positivos no mercado externo, o setor enfrenta desafios internos. No mercado doméstico, o preço do algodão registrou queda, cotado a R$ 4,13 por libra-peso no CIF de São Paulo em 16 de janeiro, uma retração de 1,43% em relação ao dia anterior.

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Paralelamente, a safra brasileira 2024/25, estimada em 3,699 milhões de toneladas, mostra estabilidade em relação à anterior, mas com redução na produtividade média, que caiu para 1.845 quilos por hectare. Em Mato Grosso, principal produtor, a estimativa é de uma leve redução na colheita, alcançando 2,62 milhões de toneladas. Apesar dos ajustes, o estado segue como referência nacional e global na produção e comercialização de algodão.

Fonte: Pensar Agro

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