O vice-presidente Hamilton Mourão garantiu que “tudo é negociável” nas discussões sobre a reforma dos militares
O vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), garantiu que “tudo é negociável” nas discussões sobre as mudanças no sistema de aposentadorias dos militares das Forças Armadas. O general, porém, ressaltou que é preciso respeitar as particularidades da categoria, considerada mal remunerada se comparada a outras carreiras do Estado.
As declarações foram feitas na noite desta quarta-feira (27), durante uma entrevista de Mourão a GloboNews
. Segundo o vice-presidente, impor regras diferentes para os militares
é importante porque a categoria ainda sofre com o “trauma” da medida provisória (MP) 2215, de 2001, que eliminou benefícios sem uma regra de transição. “O pessoal mais novo, que está ativa hoje, olha [e pensa] ‘será que vamos perder tudo de novo?’”, afirmou.
O general explicou que a proposta do governo para os militares vai mexer em cinco leis. “Os militares vão aumentar o tempo de serviço na ativa, haverá um pagamento das pensionistas, dos cadetes, dos soldados que são engajados e não pagam, e vai haver aumento progressivo da alíquota que é descontada hoje para pensão dos militares”, resumiu.
Quanto aos outros pontos da reforma da Previdência
, Mourão ponderou que o governo deve se esforçar e melhorar a comunicação para convencer o Congresso Nacional e a população da necessidade de aprovação do texto. Questionado se, em prol da reforma, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) deveria reiterar que não pretende disputar uma reeleição, o general foi cauteloso: “Vamos ver como ele vai reagir”.
Sem militares, sem reforma
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
“Se não encaminhar [a proposta para os militares], [a tramitação da Previdência] vai atrasar”, enfatizou Rodrigo Maia
Na segunda-feira (25)
, em evento organizado pela Folha de S. Paulo
, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), condicionou a tramitação da reforma da Previdência à apresentação, por parte do governo, de um Projeto de Lei (PL) que trate da aposentadoria dos militares. O texto adicional foi prometido por Bolsonaro, mas ainda não foi enviado ao Congresso.
“Disse ao Onyx [Lorenzoni, ministro-chefe da Casa Civil] que se não encaminhar [a proposta para os militares], [a tramitação da reforma da Previdência] vai atrasar. Eu já disse ao governo que vamos dar tratamento paralelo aos dois projetos”, garantiu o deputado. “Não mandaram o PL dos militares. Então, na semana que vem, mesmo que chame para instalar as comissões, não vai [acontecer a votação]”, reforçou.
No último sábado (23), ao jornal O Estado de S.Paulo
, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que o governo deve enviar a proposta para a categoria antes do dia 20 de março, prazo estabelecido inicialmente. Segundo informações do jornal, que corroboram com as declarações de Maia, os deputados querem segurar a tramitação da reforma até que o governo encaminhe o projeto para o regime dos militares
.
Pré-candidato à Câmara Federal pelo PSB, o Vereador por Várzea Grande, Bruno Lins Rios se licenciou da UCMMAT (União das Câmaras de Mato Grosso), para alçar vôo mais alto. Empossado na entidade em 2021, Rios terá pela frente dois adversários de peso no partido, sendo a primeira-dama de Rondonópolis, Neuma de Morais e o Deputado Estadual, Alan Kardec. O vereador poderá se engajar exclusivamente como representante de Várzea Grande, já que outro pretendente ao mesmo cargo, o Vereador Rogerinho Dakar (PSDB), vê sua sigla “derretendo”. A idéia de Bruno é “bombar” na cidade industrial, para isso vêm se cacifando financeiramente e logicamente formar dobradinhas, dentre as metas, uma delas é aproximar da histórica votação em 2006 do ex-vereador Chico Curvo, batendo 37 mil votos.
Datafolha: 55% dizem que não votam em Bolsonaro de jeito nenhum
Dentre os pré-candidatos ao Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro é o que apresenta o maior índice de rejeição, aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira: 55% dos entrevistados afirmam que não votariam nele de jeito nenhum. O desempenho é melhor que o apresentado na última pesquisa do instituto, quando essa porcentagem chegou a 60%. As duas pesquisas, contudo, não são diretamente comparáveis, já que houve mudanças na lista de candidatos.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é quem ocupa a segunda colocação no ranking, com rejeição de 37%. Na sequência, vêm o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 30%; o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), com 26%; e o ex-governador Ciro Gomes (PDT), que registrou 23% no índice.
Em um segundo bloco, com números menores, estão o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB), com 14%; Vera Lúcia (PSTU), que registrou 13% de rejeição; Simone Tebet (MDB) e Leonardo Péricles (UP), ambos com 12%; e Felipe D’Ávila (Novo), que marcou 11%.
Leite, que perdeu nas prévias do PSDB para o governador João Doria, avalia um convite do PSD para concorrer à Presidência, além da possibilidade de concorrer pelo próprio PSDB no lugar de Doria — hipótese estimulada por aliados.
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A baixa rejeição a nomes do segundo bloco, no entanto, passa também pelo grau de conhecimento desses pré-candidatos entre os eleitores. Lula é o mais conhecido pelos entrevistados: 99% disseram saber quem ele é. O presidente Jair Bolsonaro tem índice de 98%, enquanto 90% afirmaram conhecer Sergio Moro. Ciro Gomes tem 89% de conhecimento e Doria, 80%.
Dos entrevistados, 42% dizem conhecer o governador Eduardo Leite, 31% conhecem Vera Lúcia e 30%, Felipe D’Ávila. A senadora Simone Tebet registra índice de 28%, enquanto Leonardo Péricles tem 20% de conhecimento.
O Datafolha ouviu 2.556 eleitores em 181 municípios de todo o país entre terça e quarta-feira desta semana. A pesquisada foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-08967/2022. O nível de confiança do levantamento – isto é, a probabilidade de que ele reproduza o cenário atual, considerando a margem de erro – é de 95%.