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Servidores recebem capacitação sobre racismo no mês da Consciência Negra

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Combater o racismo passa, necessariamente, por reconhecer que ele existe e atravessa as relações entre as pessoas. Por isso, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) recebeu nesta sexta-feira (29) o ator e ativista antirracista André D’Lucca, para dar uma palestra sobre letramento racial aos servidores da Casa. A apresentação foi realizada para fechar o mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra (20 de novembro) como forma de destacar a importância de trazer o racismo para o centro do debate social.

A proposta do evento foi da deputado Janaina Riva (MDB), vice-presidente da ALMT, que falou sobre como o racismo se manifesta de diferentes formas em nossa sociedade. “Hoje temos aqui no Parlamento dois deputados que se reconhecem como negros. Na história da Assembleia, até hoje, só tivemos uma deputada negra. Por outro lado, 68% das mulheres vítimas de feminicídio são negras e 70% dos homicídios registrados são contra pessoas negras. Esses números não são acaso, são consequência da maior vulnerabilidade que a população preta e negra ainda é exposta”.

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O palestrante André D’Lucca trouxe para os servidores da Assembleia um pouco sobre como a história de nosso povo foi contada de forma romantizada para colocar os brancos como protagonistas e os negros como “merecedores” da escravização. Essa narrativa acontece por meio do apagamento de homens e mulheres negras que ocuparam lugar de destaque ao longo de toda a civilização.

“O berço da medicina, da arquitetura, da matemática, foi a mãe África. Mas, por meio de uma educação eurocêntrica, isso é apagado. Preferem dizer que as Pirâmides do Egito foram construídas por alienígenas do que por pessoas negras. Tereza de Benguela, por exemplo, foi uma heroína em Mato Grosso, lutou pela libertação da população escravizada, negociava com os brancos, mas a história traz a Princesa Izabel como a libertadora dos povos negros”.

Além do conhecimento histórico, D’Lucca também apresentou suas próprias experiências enquanto homem negro que sempre teve a vivência permeada pelo racismo. “O primeiro racismo que sofri foi aos cinco anos. Enquanto minha mãe assinava o cheque para pagar a compra no açougue, o segurança me levantou pelo pescoço achando que estava roubando a carne. Minha mãe me explicou que aquilo era racismo e, ao chegar em casa, eu tomei banho de Qboa para tentar clarear a minha pele”, contou com os olhos marejados.

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O jornalista Lucky Marlon, ao ouvir a palestra, pediu a palavra para contar também sua experiência, desde criança, com o racismo. Segundo Lucky, na escola as crianças o discriminavam e não deixavam ser tocadas por ele.

Para Rosângela Milles, mulher branca e servidora da Casa, a palestra foi esclarecedora e mudou seu olhar sobre o tema. “Eu sempre fui muito respeitosa com todos, mas não tinha conhecimento sobre a experiência do racismo pela perspectiva da pessoa negra. Posso dizer que agora vejo com outros olhos, inclusive a importância do Dia da Consciência Negra para discutir o tema nas escolas, dentro de casa”.

Para Ellen Arruda, servidora da Assembleia e negra, o evento não só trouxe conhecimento, mas reconhecimento. “Estou envaidecida e orgulhosa de ver uma palestra como essa aqui na Assembleia”.

Fonte: ALMT – MT

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Deputado Thiago indica e celebra avanço para a construção de viaduto

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O deputado estadual Thiago Silva (MDB) comemorou nesta quinta-feira (16) a aprovação técnica da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o projeto de construção de um viaduto na região conhecida como Trevão, em Rondonópolis, proposto pela concessionária Nova Rota do Oeste.

Presidente da Frente Parlamentar em Defesa das BRs-163/364 na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Thiago Silva destacou os esforços realizados desde novembro de 2023, quando formalizou, por meio de indicação e ofícios, a solicitação da obra ao diretor da Nova Rota do Oeste, Roberto Madureira. Ele também ressaltou o trabalho conjunto com o então senador Mauro Carvalho no ano passado, que resultou na entrega de um projeto executivo ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), buscando garantir recursos federais para a execução do viaduto.

Silva também esteve junto da “Comissão Pró-Travessia” em reuniões com a presença de líderes comunitários para tratar da demanda de um viaduto para o atendimento e mais segurança da população local.

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“Rondonópolis enfrenta um dos maiores gargalos logísticos da região no Trevão, e temos trabalhado incansavelmente, em parceria com o governo do estado, a Nova Rota do Oeste e a bancada federal, para viabilizar esta obra essencial. O viaduto não apenas vai melhorar o fluxo de trânsito, mas também trará mais segurança para todos os condutores, incluindo motoristas de caminhão, automóveis, motocicletas e ciclistas”, destacou o parlamentar.

Thiago Silva elogiou o comprometimento da Nova Rota do Oeste e de outras lideranças envolvidas no avanço do projeto. “Parabenizo o diretor-presidente da Nova Rota do Oeste, Cidinho Santos (PP), o governador Mauro Mendes (UB) e todos os parceiros por este importante passo em direção à concretização de uma obra tão aguardada pela população de Rondonópolis e região há décadas”, afirmou.

O deputado também ressaltou o futuro impacto do viaduto na logística e no transporte da produção agrícola da região. “O Trevão é um ponto crítico que afeta diretamente empresas, trabalhadores e a população em geral. A construção deste viaduto vai garantir maior fluidez no trânsito, melhorar a travessia urbana e fortalecer a logística de escoamento da nossa produção agrícola. Essa é uma conquista que defendemos com firmeza na Assembleia Legislativa e que será um marco para o desenvolvimento da nossa região”, concluiu Silva.

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Fonte: ALMT – MT

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CCJR recebe mais de mil projetos em 2024

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A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) recebeu, em 2024, 1.011 matérias, das quais 824 passaram pela análise técnica e política do colegiado. A média foi de 2,7 projetos apresentados por dia, incluindo feriados e finais de semana. Dos mais simples aos mais polêmicos, todos os projetos que tramitam na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) precisam, necessariamente, passar pela CCJR.

Do montante registrado pela CCJR, em 2024, 631 eram projetos de lei (PL), 82 vetos total, 35 vetos parcial, 31 projetos de lei complementar (PLC), 20 propostas de emenda à constituição (PEC), 14 projetos de resolução, dez requerimentos e um projeto de decreto legislativo. Entre os pareceres, 535 foram favoráveis à proposta, 154 contrários, 103 indicaram a derrubada do veto e 13 a manutenção do veto.

A análise da CCJR dos projetos que tramitam é realizada em etapas. Primeiramente a equipe técnica analisa a matéria e faz um parecer sobre a legalidade do texto, conferindo se o projeto obedece aos princípios de iniciativa e se está de acordo com as constituições estadual e federal. Depois, o parecer é apresentado ao deputado relator, que pode concordar ou não com a avaliação jurídica. Só então o parecer é lido e colocado em votação durante reunião da Comissão. Ao todo, a CCJR é composta por cinco deputados titulares e cinco substitutos. O parecer aprovado pela CCJR é, então, submetido para votação em plenário.

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De acordo com a consultora da CCJR, Waleska Cardoso, a comissão analisa a legalidade, a judicialidade e a regimentalidade das matérias apresentadas no Poder Legislativo e, para isso, conta com uma equipe de profissionais da área do Direito que fazem toda a tramitação dentro da comissão, além do parecer jurídico. “Todos projetos recebem a análise técnica, que são acompanhadas de um resumo sobre as razões do parecer. Porém, a decisão é política, se leva em consideração a pertinência da proposta, se é uma demanda antiga da população. Quando o plenário entende que o interesse público sobrepõe a questão técnica, ele aprova uma matéria ou derruba um veto”.

A produção legislativa registrou quase três matérias por dia, incluindo finais de semana e feriados

A produção legislativa registrou quase três matérias por dia, incluindo finais de semana e feriados

Foto: Helder Faria

Em 2024, algumas pautas ganharam destaque pela mobilização da sociedade, como foi o caso do Projeto de Lei 1363/2023, que propôs mudanças na lei e a proibição do transporte, armazenamento e comercialização de pescados dos rios de Mato Grosso. A proposta foi aprovada em fevereiro deste ano e, em março, foi sancionada como Lei 12.434/2024.

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“Todas as matérias que tramitam na Casa são importantes, pois representam questões sobre determinado segmento. Porém, algumas ganham mais destaques, como foi o caso do Transporte Zero, que até hoje reverbera e é tema de discussões na Assembleia”, relembra Waleska.

Durante 2024, o deputado Júlio Campo (União) presidiu os trabalhos na CCJR; foi o segundo ano consecutivo que o parlamentar esteve no comando da Comissão. Além de Júlio Campos, também compuseram a CCJR os deputados Diego Guimarães (Republicanos), Dr. Eugênio (PSB), Thiago Silva (MDB) e Sebastião Rezende (União). A suplência foi ocupada pela deputada Janaina Riva (MDB) e pelos deputados Wilson Santos (PSD), Dilmar Dal Bosco (União), Fábio Tardin (PSB) e Beto Dois a Um (União).

Fonte: ALMT – MT

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