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Rede MT-NanoAgro fala sobre as pesquisas feitas em Mato Grosso

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A equipe da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec) recebeu nesta semana os representantes da Rede MT-NanoAgro para conversar sobre as novas pesquisas que estão sendo feitas em Mato Grosso.

A superintendente de Desenvolvimento Cientifico, Tecnológico e de Inovação da Secitec, Lecticia Figueiredo explica que os avanços e as aplicações da nanotecnologia já são uma realidade bem consolidada no Brasil e no mundo. “Ela está presente direta ou indiretamente em nosso cotidiano”.

O professor de Química da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Ailton Terezo, destaca que a Rede MT-NanoAgro busca aproveitar o máximo do potencial do agronegócio mato-grossense, por meio do desenvolvimento e adoção de tecnologias disruptivas, eficientes e sustentáveis para as práticas agrícolas modernas em larga escala e na agricultura familiar.

“O surgimento da nanociência trouxe novo fôlego e lança possibilidades de contribuições significativas para a atividade da agricultura com o mínimo de impacto possível”.

O que é a Nanotecnologia?
(Ailton Terezo/UFMT) A nanotecnologia pode ser definida como a área da ciência e tecnologia que visa à aplicação de materiais nanométricos em novos processos e produtos. Está na vanguarda da inovação. Um material nanométrico é cerca de 50.000 vezes menor que o diâmetro de um fio de cabelo. Assim como a escala em metros, centímetros e milímetros está em várias situações cotidianas, na nanotecnologia a escala de trabalho representa a bilionésima parte do metro, o que equivale a 1 nanômetro. Isto significa que, atualmente podemos manipular diferentes materiais, para as mais diversas aplicações, com controle muito preciso. Isso possibilitará muitos avanços e inúmeras novas descobertas.

Para que serve?
(Ailton Terezo/UFMT) Os materiais nanométricos (ou nanoestruturados) possuem potencial de aplicação em diferentes áreas, não só por sua dimensão de tamanho, mas especialmente por apresentarem propriedades físicas e químicas distintas daquelas características dos mesmos materiais em escala macro e microscópicas. Em função deste potencial, hoje a nanotecnologia já estabeleceu vários campos de pesquisa e desenvolvimento de aplicações como a Nanomedicina, Nanofabricação, Bionanomateriais, Nanotoxicologia, Nanoeletrônica, Nanoagricultura, dentre outras. Dentro destas áreas existem inúmeras aplicações possíveis. Por exemplo, novas drogas têm sido desenvolvidas para tratamento de câncer, baseadas em nanomateriais para liberação controlada no organismo. Este mesmo, princípio está sendo aplicado em pesquisas de novas formulações para liberação controlada de pesticidas e fertilizantes na agricultura.

(Paulo Teodoro/Agicultura Bioativa) A nanotecnologia tem uma infinidade de possibilidades, desde o encapsulamento de minerais e compostos químicos, até a preservação de microrganismos benéficos e específicos para utilização na agricultura.

Qual o poder da nanotecnologia?
(Ailton Terezo/UFMT) O poder é de causar uma nova revolução. Desde a revolução industrial, entre os séculos XVIII e XIX, e a revolução da microeletrônica nas últimas décadas, a sociedade passou por grandes transformações em virtude de importantes descobertas científicas que resultaram em novos materiais, processos e produtos. A descoberta de métodos e instrumentos para controlar a matéria em escala nanométrica colocou a comunidade científica mundial diante da possibilidade desta nova revolução. Se considerarmos apenas a aplicação em eletrônica, como celulares que dobram, televisores curvados, carros movidos a baterias, eu diria que já estamos vivenciando está revolução. Onde poderemos chegar com a nanotecnologia? Só o tempo poderá mostrar.

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(Paulo Teodoro/Agicultura Bioativa) Com a nanotecnologia podemos estabilizar materiais que normalmente seriam de difícil metodologia para aplicação na agricultura, assim podemos ter novas moléculas e novos produtos com tecnologia de aplicação convencional. 

O que a Rede MT NanoAgro faz?
(Ailton Terezo/UFMT) O principal objetivo na Rede MT-NanoAgro é formar um grupo de pesquisadores competentes para atuar de forma colaborativa, acelerar a produção de conhecimento e promover o desenvolvimento e a inovação na agricultura por meio de produtos nanotecnológicos, especialmente nanopesticidas e nanofertilizantes.

Qual a importância dela para o Estado?
(Paulo Teodoro/Agicultura Bioativa) A Rede é um caminho de colaboração, interação fundamental para o fortalecimento, à inovação tecnológica e agregação de valor à pauta comercial do estado.

(Rodrigo Pereira/IFMT-São Vicente) As pesquisas em colaboração com a Rede MT-NanoAgro podem contribuir muito para melhorar as atividades da agricultura familiar e em assentamentos do nosso Estado. A obtenção de nanofertilizantes a partir de resíduos e biomassa e os nanopesticidas vão possibilitar aumento de produção, melhoria da qualidade dos produtos e, principalmente, melhorar a qualidade de vida do pequeno produtor, evitando, por exemplo, a exposição excessiva aos pesticidas.

(Evandro Soares da Silva/Vice-Reitor UFMT) A Rede MT-NanoAgro é importante para o Estado, pois envolve um esforço multidisciplinar de pesquisadores das maiores e melhores instituições de ensino e pesquisa de Mato Grosso, UFMT, Unemat e IFMT, que visa contribuir com pesquisa e desenvolvimento em torno de um tema estratégico, que é a Agricultura. Por meio da colaboração entre estas instituições na pesquisa em nanotecnologia para o Agro, promoveremos a formação de recursos humanos qualificados para atuação em termos de inovação e sustentabilidade ambiental.

(Olivan Rabêlo/UFMT) A rede é uma estratégia inovadora porque é constituída por diversos atores interativos no ecossistema da inovação do Estado de Mato Grosso, dentre eles o Escritório de Inovação Tecnológica (EIT) da UFMT que se encarrega, neste contexto, por realizar a Gestão da Inovação, empreendedorismo e Propriedade Intelectual (proteção do conhecimento e invenções geradas na Rede).  O Estado de Mato Grosso ganha com a Rede de Nanotecnologia aplicada ao Agronegócio, pois se abre uma nova fronteira de possibilidades no campo científico, tecnológico e da inovação com novos produtos e serviços que possibilitam aumentar a produtividade e competitividade do agronegócio, principal vocação econômica do Estado, oportunizando o desenvolvimento socioeconômico e ambiental.

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Com o que a Rede trabalha?
(Ailton Terezo/UFMT) Os pesquisadores da Rede MT-NanoAgro atuam na pesquisa de novas formulações de nanopesticidas que podem contribuir muito para minimizar a contaminação ambiental ocasionada pelo use excessivo nas lavouras. Outro foco de atuação é na preparação de nanofertilizantes, pois os fertilizantes utilizados atualmente possuem baixíssima eficiência já que uma grande quantidade não é absorvida pelas plantas, são perdidas por evaporação e carregados por água da chuva por exemplo.

Qual o impacto desta tecnologia para MT?
(Ailton Terezo/UFMT) O desenvolvimento de novos produtos com base em nanoformulações poderá mudar o cenário atual no campo, onde a produtividade está relacionada com uso excessivo de agroquímicos. A principal missão da Rede é contribuir para mudar esse paradigma.

(Paulo Teodoro/Agicultura Bioativa) Mato Grosso é conhecido mundialmente pelo Agronegócio, é um grande consumidor de tecnologia ligada ao Agro, com o desenvolvimento de Nanotecnologia poderemos passar a exportar tecnologia e não apenas matéria prima. Agregando Valor a pauta comercial e gerando desenvolvimento tecnológico e econômico.

Que tipos de serviços a Rede oferece?
(Ailton Terezo/UFMT) Oferecemos uma equipe extremamente qualificada e estrutura de laboratórios das mais importantes instituições do estado, para o desenvolvimento de pesquisas visando melhorar a eficiência de insumos agrícolas. Portanto, podemos contribuir para o aumento de produtividade e redução de custos de produção, sempre com compromisso de preservação ambiental.

Quais pesquisas a Rede vem desenvolvendo para Mato Grosso?
(Ailton Terezo/UFMT) Atualmente o principal foco é o estudo dos mecanismos de atuação dos nanopesticidas e nanofertilizantes descritos na literatura científica mundial e o potencial destes para a agricultura no Mato Grosso, especialmente em solos do Cerrado. A compreensão destes mecanismos poderá definir potenciais produtos e investimentos futuros.

(Alessandra Butnariu/Unemat) A compreensão de como os nanopesticidas podem atuar contra diferentes pragas e, também como nanoformulações podem ser usadas para preservar micro-organismos que são inimigos naturais (fungos e bactérias), pode trazer um grande avanço para o controle biológico em importantes culturas no Mato Grosso.

(Paulo Teodoro/Agicultura Bioativa) Temos desenvolvido junto com o departamento de química as pesquisas com Nanocompósitos e Produtos quelatados.

(Fabiano Petter/UFMT-Sinop) Uma característica dos solos do Cerrado é a baixa retenção de nutrientes, Daí a pesquisa com biocarvões e nano biocarvões enriquecidos com nanofetilizantes e pesticidas podem contribuir muito para melhoria e condicionamento destes solos.

Porque buscar parcerias com a Secitec?
(Ailton Terezo/UFMT) A pareceria com a Secitec é fundamental para a implantação e consolidação da Rede MT-NanoAgro, como organismo Estadual de apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico do estado de Mato Grosso.

Para mais informações, podem procurar o professor Ailton Terezo pelo e-mail: [email protected] ou acessar o site: www.redemtnanoagro.com.br.

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Ano Novo, Controvérsias na ALMT: Divergência Política entre Jornalistas Gera Conflito na Sala de Imprensa

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Começando o ano de 2025 com movimentações intensas na classe política de Mato Grosso, a Assembleia Legislativa do Estado (ALMT) não poderia deixar de ter sua cota de acontecimentos inusitados. Na última quinta-feira, 6 de fevereiro, um episódio curioso chamou a atenção de todos que acompanhavam os bastidores da política local. Dois jornalistas, um de Várzea Grande e outro de Cuiabá, entraram em um conflito físico dentro da Sala de Imprensa Maurício Babante, na sede da ALMT. O motivo? Divergências políticas relacionadas à campanha eleitoral de 2026.

O confronto entre os profissionais gerou surpresa e perplexidade, principalmente porque a Assembleia Legislativa sempre foi palco de debates intensos, mas nunca de agressões físicas entre figuras da imprensa. O episódio levantou uma série de perguntas, com uma em especial rondando a mente de quem acompanha os desdobramentos políticos de Mato Grosso: Por que nenhum veículo de comunicação fez menção ao incidente, que parecia ser um caso tão estranho e inusitado?

Após o ocorrido, ambos os jornalistas envolvidos foram encaminhados à Sala da Polícia Legislativa, onde a situação foi registrada. No entanto, o silêncio dos principais meios de comunicação locais sobre o ocorrido gerou ainda mais especulações.

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A situação trouxe à tona as históricas divergências políticas entre as cidades vizinhas de Cuiabá e Várzea Grande. Embora o cenário político na região já tenha sido marcado por disputas acirradas, raramente se viu uma situação tão tensa a ponto de envolver jornalistas de forma tão direta.

Em entrevista ao site EstacaolivreMT, o presidente da ALMT, Max Russi, expressou sua insatisfação com o episódio. “Não compactuo com a violência em nenhuma de suas formas e, infelizmente, essa situação não deveria ter ocorrido dentro da Assembleia. Pedirei à casa mais providências e cuidados para evitar que algo assim se repita”, afirmou Russi, destacando a necessidade de manter o ambiente político respeitoso e livre de confrontos pessoais.

Já o primeiro secretário da ALMT, Dr. João, também lamentou o ocorrido, destacando o impacto negativo de tal atitude para a imagem da Assembleia. “É lamentável saber de uma situação como essa, especialmente dentro da ALMT, onde todos nós, independentemente de nossas diferenças, somos um só corpo. Devemos sempre zelar pela harmonia e pelo respeito”, disse Dr. João, enfatizando o compromisso dos deputados em manter a união da casa legislativa.

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Por fim, o vice-presidente da ALMT também se pronunciou sobre o caso, expressando seu desapontamento. “Lamentavelmente, esse tipo de comportamento é inaceitável. Pedimos mais seriedade e respeito por parte de todos, pois a casa de leis deve ser um ambiente de debate respeitoso e construtivo”, concluiu o vice-presidente.

Este incidente, ainda sem uma cobertura ampla pela mídia local, serve como um alerta para a classe política e para a sociedade mato-grossense sobre a importância de preservar o ambiente de trabalho na Assembleia Legislativa e garantir que, apesar das divergências, o respeito mútuo e a seriedade prevaleçam.

Fica, então, a reflexão: se a situação foi realmente tão relevante, por que o silêncio da imprensa local diante de um fato tão inusitado? Talvez, mais respostas sobre essa história ainda venham à tona.

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Possível Chapa para 2026: Jayme Campos e Janaína Riva pode mudar o cenário de mudança na política de Mato Grosso

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O cenário político de Mato Grosso para as eleições de 2026 pode passar por transformações importantes, com figuras já consolidadas buscando alternativas estratégicas para garantir protagonismo nas urnas. Nos bastidores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), circula um comentário de que uma chapa entre o atual senador Jayme Campos e a deputada estadual Janaína Riva poderia surgir como uma das opções mais competitivas para as próximas eleições.

Essa especulação ganha força diante de uma possível saída do senador Wellington Fagundes, atualmente uma das principais lideranças do estado. Se Fagundes optar por se afastar ou não disputar a reeleição, a janela política pode se abrir para novos nomes, e é nesse contexto que Janaína Riva, filha do ex-deputado e ex-presidente da Assembleia, José Riva, se torna uma peça-chave para compor uma chapa ao lado de Jayme Campos, com o intuito de disputar o cargo de vice-governadora.

Em um cenário hipotético, Janaína poderia atuar como uma figura representativa da mulher na política, algo que já foi destacado em conversas passadas, inclusive pelo deputado federal Juarez Costa. No entanto, Juarez, embora tenha sido convidado para formar uma chapa com Jayme Campos, também reconheceu que a melhor opção poderia ser mesmo Janaína, destacando seu potencial político e a representatividade feminina que ela traria à candidatura. Juarez agradeceu pelo convite, mas deixou claro que, para 2026, sua preferência seria dar espaço a outros nomes.

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O diálogo sobre essa possível formação de chapa toma forma a partir das movimentações nos bastidores da política estadual. A liderança de Jayme Campos, que já tem experiência consolidada no Senado, combinada com a renovação política e o apelo de Janaína, poderia agradar a diferentes segmentos da população. Ela, que já tem uma trajetória de destaque na ALMT, possui a capacidade de atrair tanto a base tradicional quanto as novas demandas por uma representação mais inclusiva e diversificada na política estadual.

O futuro político de Mato Grosso segue em aberto, e muito dependerá das decisões individuais dos principais atores políticos do estado, além do desenrolar das articulações nos próximos anos. O que se sabe é que a política mato-grossense estará em ebulição, com novos nomes e possibilidades de alianças surgindo a cada momento.

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Parque Berneck – Várzea Grande

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