Assessoria | PJC-MT
Alunos de 15 turmas do Instituto Federal de Várzea Grande participaram na quinta-feira (21.02), de palestra sobre a violência cometida pelas redes sociais, o chamado “Cyberbullying”. O bate papo com 388 estudantes foi promovido pela Coordenadoria de Polícia Comunitária, por meio dos projetos sociais “De bem com a vida”, “De Cara Limpa contra as Drogas” e “Rede Digital pela Paz”.
Ações fazem parte da campanha “retorno às aulas com segurança”, inserida na agenda de atividades dos projetos sociais da Polícia Civil.
O “Cyberbullying” que é um tipo de violência praticada contra pessoas por meio das redes sociais ou de outras tecnologias relacionadas. Para o gerente do projeto social Rede Digital pela Paz, Edmir Sena, o bullying pode se manifestar por violência física, mas também através de formas relacionais, ou seja, com ameaças, acusações injustas e indiretas, roubo de dinheiro e pertences, difamações sutis, degradação da imagem social, entre outros, resultando na discriminação ou exclusão de vítimas do grupo.
Além disso, sua manifestação pode ocorrer também no ciberespaço, seja por aplicativos, e-mails contendo mensagens agressivas diretamente à vítima até a disseminação de imagens, vídeos ou comentários difamatórios a uma ampla rede de pessoas. “Praticar cyberbullying significa usar o espaço virtual para intimidar e hostilizar uma pessoa (colega de escola, professores, ou mesmo desconhecidos), difamando, insultando ou atacando de forma covarde”, destacou o investigador e educador.
A estratégia de abordagem do tema com os alunos foi a do diálogo formativo, que permite o compartilhamento e discussão de narrativas no coletivo com os alunos, com uso de táticas como o jogo de falas, de perguntas e respostas presentes nas manifestações que permitem situar a discussão cada vez mais crítica e reflexiva sobre o tema.
O gerente do projeto De Bem Com a Vida, Ademar Torres, disse que o diálogo formativo é construído e guiado pelo policiais com informações objetivas sobre o tema cyberbullying e pelo contraste de opiniões com os participantes do grupo.
“A importância das reflexões conjuntas no coletivo é buscar orientar os alunos diante do contexto de uma sociedade contemporânea, individualista, competitiva que reforça a banalização de valores éticos, as noções de respeito ao outro, uma vez que os agressores são aqueles que vitimizam os mais fracos, as vítimas por sua vez sofrem os maus tratos e a exclusão do grupo”, pontua
Para a coordenadora do curso técnico de logística, Saiane Zarista, a atuação dos projetos sociais da Polícia Civil no instituto com o diálogo, possibilita reverter quadros que poderiam ser prejudiciais.
“Percebemos que o entendimento sobre o cyberbullying e sua ocorrência em ambientes extraclasse, geram implicações para os usuários das redes sociais é muito pequeno e muitos de nossos alunos não tinham essa dimensão”, relatou.
Para o Coordenador de Polícia Comunitária, delegado Gênison Brito Alves Lima, o fenômeno o cyberbullying é uma atividade atual e preocupante, fazendo parte do cotidiano de muitas pessoas e usuários de internet, de forma mais específica nas redes sociais.
“Nossos projetos estão engajados no trabalho para minimizar esta violência no contexto escolar por meio de medidas eventuais, como palestras, capacitações, grupo de discussões, com os demais atores envolvidos na tarefa ampla de ensinar-aprender”, finalizou.