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Agronegócio

Preço do boi gordo bate recorde histórico e desafia o mercado

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O preço do boi gordo no Brasil alcançou níveis recordes nesta semana, com o indicador Cepea/B3 atingindo R$ 352,65 por arroba na última terça-feira (26.11). Apesar de uma leve queda, fechando a R$ 352,10 na sexta-feira (29), o valor se mantém como o maior da série histórica, superando o pico registrado em março de 2022, quando chegou a R$ 352,05.

A alta reflete a forte demanda por carne bovina tanto no mercado interno quanto no externo. Esse cenário impulsionou os abates de bovinos, que ultrapassaram a marca de 30 milhões de cabeças até setembro, número recorde para o período.

As exportações de carne bovina também contribuíram para a valorização. Entre janeiro e outubro de 2024, o Brasil exportou 2,4 milhões de toneladas da proteína, superando todo o volume embarcado em 2023, que foi de 2,29 milhões de toneladas, segundo dados da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).

Além da demanda constante da China, os exportadores brasileiros se beneficiam da queda na produção de gado nos Estados Unidos, que abriu novos mercados, como o México. Esse cenário elevou o preço da carne brasileira em dólares e, com a cotação favorável do dólar, os valores em reais também atingiram máximas históricas.

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Embora a valorização da arroba tenha sido repassada ao preço da carne no atacado, atualmente em torno de R$ 23 por quilo, especialistas alertam para os limites de consumo no mercado doméstico. A alta nos preços pode reduzir a demanda interna, forçando as indústrias frigoríficas a buscar estratégias para equilibrar custos e manter a competitividade.

A expectativa é que o mercado entre em um período de ajustes nos preços, especialmente diante da pressão sobre o consumidor brasileiro. Apesar do início de uma possível virada no ciclo pecuário, com oferta crescente de gado, o cenário atual difere de 2022, quando o mercado operava com menor disponibilidade de animais.

Para o futuro, as indústrias e produtores precisarão equilibrar a crescente demanda externa com os desafios do mercado interno, que inclui consumidores cada vez mais sensíveis aos altos preços da carne bovina. A busca por eficiência e novas oportunidades comerciais continuará sendo crucial para o setor.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Abiove diz que produção e exportações devem alcançar novos recordes em 2025

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O Brasil continua consolidando sua liderança mundial na produção de soja. Para 2025, as estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) apontam para uma safra recorde de 171,7 milhões de toneladas, impulsionada por investimentos no agronegócio e por condições climáticas favoráveis.

Além da colheita excepcional, o esmagamento da oleaginosa deve alcançar 57,1 milhões de toneladas, o que também promete refletir no aumento da produção de farelo e óleo de soja, previstos para 44,1 milhões e 11,4 milhões de toneladas, respectivamente.

As exportações brasileiras de soja em grão devem atingir 106,1 milhões de toneladas até o final de 2025, um volume histórico que reafirma o país como principal fornecedor global do produto. No segmento de farelo, as exportações devem chegar a 22,9 milhões de toneladas, enquanto o óleo de soja deverá registrar embarques de 1,05 milhão de toneladas.

Os números robustos acompanham o desempenho positivo de 2024, quando as exportações de soja alcançaram 98,8 milhões de toneladas, e o farelo e o óleo de soja registraram embarques de 23,1 milhões e 1,4 milhão de toneladas, respectivamente.

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Os dados consolidados até novembro de 2024 mostram que o setor da soja já vinha em ritmo de crescimento. A produção no ciclo anterior foi de 153,5 milhões de toneladas, marcando um leve aumento de 0,1% em relação ao ano anterior.

O esmagamento alcançou 55 milhões de toneladas, um crescimento de 0,9%, enquanto o farelo de soja apresentou uma alta de 1,9%, atingindo 42,5 milhões de toneladas. Já a produção de óleo de soja subiu 0,5%, alcançando 11,05 milhões de toneladas.

Mesmo com desafios pontuais, como o recuo de 6,8% no processamento em novembro de 2024 em relação a outubro, o setor fechou o ano com um aumento acumulado de 1,8% no processamento total, refletindo a resiliência e capacidade de adaptação dos produtores.

Para atender ao mercado interno, que segue em expansão, o Brasil também recorre a importações pontuais. Em 2024, foram importadas 822 mil toneladas de soja. Em 2025, a expectativa é de que as importações somem 500 mil toneladas para complementar a oferta doméstica. No caso do óleo de soja, as compras externas devem alcançar 200 mil toneladas.

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Os resultados projetados pela Abiove demonstram o protagonismo do agronegócio brasileiro, especialmente no setor de soja, que tem sido um dos pilares do crescimento econômico do país. Com a ampliação da produção e das exportações, o Brasil segue atendendo à crescente demanda global por alimentos, rações e biocombustíveis.

A sustentabilidade e a eficiência logística, pilares fundamentais para o setor, continuam sendo reforçadas com investimentos em tecnologia e infraestrutura. O desempenho do agronegócio é uma prova de que o Brasil, além de abastecer o mundo, fortalece sua economia e promove o desenvolvimento de suas regiões produtivas.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

BNDES aprova R$ 500 milhões para modernizar a Ferrovia Centro-Atlântica

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 500 milhões para a modernização da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), administrada pela VLI Multimodal S.A. A FCA é a maior ferrovia do Brasil, conectando sete estados e o Distrito Federal em seus 7.840 km de extensão, integrando as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

Os recursos serão destinados à ampliação e modernização de sete pátios ferroviários, substituição de trilhos e dormentes, recuperação de pontes e instalação de passagens de pedestres, além da construção de uma Estação de Tratamento de Efluentes Industriais no Terminal Integrador Guará. A iniciativa também contempla a modernização de material rodante e pagamentos de outorga.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o projeto é estratégico para fortalecer a logística integrada e multimodal do Brasil, reduzindo custos e aumentando a competitividade. “O custo logístico no Brasil representa cerca de 11% do PIB. Com este apoio, seguiremos as diretrizes do governo Lula para aprimorar a infraestrutura logística”, destacou.

A diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, ressaltou que os investimentos promovem uma matriz logística mais sustentável e eficiente, alinhada às demandas de mercados globais dinâmicos.

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Além do financiamento do BNDES, o projeto conta com a emissão de R$ 1 bilhão em debêntures, coordenada pelo BTG Pactual, BNDES e Banco ABC Brasil. No total, os investimentos na FCA somam R$ 3,9 bilhões, reforçando a infraestrutura ferroviária e aumentando sua capacidade de operação.

A VLI, que administra a FCA desde 2011, é uma das principais operadoras logísticas do Brasil, atendendo setores-chave como agronegócio, siderurgia e indústria. Em 2023, a empresa transportou mais de 43,8 bilhões de toneladas por quilômetro útil e movimentou 43 milhões de toneladas úteis por portos.

A modernização da FCA é essencial para o agronegócio, um dos setores que mais dependem de uma logística eficiente. A ferrovia conecta áreas produtivas a portos estratégicos, reduzindo custos e aumentando a competitividade dos produtos brasileiros no mercado global.

Desde a desestatização da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) em 1996, a FCA tem recebido investimentos robustos, que já superaram R$ 2 bilhões entre 2019 e 2023. Esses recursos viabilizaram melhorias como a aquisição de locomotivas, construção de novos terminais e geração de 10 mil empregos diretos e indiretos.

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A VLI é uma holding com sócios como Brookfield, Vale, Mitsui, FI-FGTS e BNDESPar, operando uma cadeia logística integrada que conecta ferrovias, portos e terminais. A companhia busca constantemente inovação e eficiência, atendendo aos principais segmentos da economia brasileira.

Com operações multimodais que incluem o Tramo Norte da Ferrovia Norte-Sul (FNS) e terminais portuários em regiões estratégicas como Santos (SP) e São Luís (MA), a VLI desempenha um papel crucial na integração logística nacional, contribuindo para a competitividade e sustentabilidade da economia brasileira.

Esses investimentos reafirmam o compromisso com o crescimento do setor logístico, beneficiando diretamente o agronegócio, base do desenvolvimento econômico do país, e consolidando o Brasil como líder global na produção de alimentos.

Fonte: Pensar Agro

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