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Agronegócio

Parlamentares querem R$ 599 bilhões para Plano Safra 25/26 e 1% para o seguro rural

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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) apresentou, nesta segunda-feira (28.04), suas principais propostas para o Plano Safra 2025/26, reivindicando um total de R$ 599 bilhões em recursos para financiamento da produção agropecuária. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa realizada em uma das maiores feiras de tecnologia agrícola da América Latina, que também marcou o início oficial das discussões com o governo. A proposta da FPA vai na mesma linha da CNA (veja aqui).

Do montante solicitado, a FPA propõe que R$ 25 bilhões sejam destinados exclusivamente à equalização de juros. O objetivo é facilitar o acesso ao crédito para os produtores rurais e reduzir os custos financeiros da produção. A bancada também defende mudanças para simplificar o processo de financiamento, o que pode favorecer o aumento da oferta de alimentos e contribuir para o controle da inflação.

Outro ponto central da proposta é a destinação de 1% do valor total do Plano Safra para o seguro rural — o que representa R$ 5,99 bilhões, caso o valor total seja aprovado. A medida visa ampliar a segurança das operações de crédito, especialmente em tempos de instabilidade climática, como os eventos recentes no Rio Grande do Sul e no Centro-Oeste.

Imagem: assessoria

Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), as reivindicações da FPA são coerentes com as necessidades do campo. “É uma proposta justa e estratégica. O produtor precisa de crédito acessível e previsível, principalmente diante dos altos custos de produção e dos riscos climáticos cada vez mais frequentes. Equalizar os juros e fortalecer o seguro rural são medidas que protegem o agricultor e, ao mesmo tempo, sustentam a economia nacional”, afirmou.

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“O agro é a base da nossa balança comercial e um dos poucos setores que continuam sustentando o crescimento do país, mesmo em meio às crises. Investir no campo é investir na estabilidade econômica do Brasil. Quando o governo aplica recursos no Plano Safra, não está apenas ajudando o produtor rural, está garantindo alimentos mais baratos na mesa do brasileiro, geração de empregos no interior e arrecadação para os cofres públicos”, afirmou Isan Rezende.

Para ele, o retorno do investimento no setor agropecuário é rápido, direto e visível. “Diferente de outras áreas, o recurso aplicado no agro volta rápido em forma de produtividade, exportações e desenvolvimento regional. A cada real investido no produtor, há um impacto positivo em cadeia. Por isso, o Plano Safra precisa ser encarado como política de Estado, com previsibilidade e força. O campo não pode parar por falta de crédito”, completou o presidente do Instituto do Agronegócio.

O deputado Pedro Lupion, presidente da FPA, por sua vez explicou que a proposta da FPA ao governo foi construída a partir de sugestões de 59 entidades ligadas ao Instituto Pensar Agro (IPA) e reforçou a importância de se garantir previsibilidade para os produtores. “Essa equalização, que é o que de fato custa para os cofres públicos, teria que ter necessidade de pelo menos R$ 25 bilhões”, afirmou, ao destacar que o crédito mais barato tem impacto direto na produção e na inflação.

Já o vice-presidente da FPA, deputado Arnaldo Jardim, lembrou que as propostas não se limitam a demandas financeiras. “Aqui tem uma proposta para o setor, uma proposta de país. Não se trata apenas de pleitear números ou montantes, mas de apresentar uma alternativa de construção para o Brasil”, disse.

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A FPA também defende a criação de uma política agrícola de longo prazo, nos moldes da Farm Bill norte-americana, permitindo planejamento plurianual das safras. A intenção é estabelecer uma política pública que ofereça previsibilidade orçamentária por cinco anos, garantindo um ambiente mais estável para os investimentos no campo.

Na safra atual (2024/25), o total de recursos mobilizados para o setor agrícola, somando fontes públicas e privadas, chegou a R$ 1,2 trilhão. Desse total, R$ 476,5 bilhões vieram do Plano Safra. A estimativa para o próximo ciclo é de que os custos de produção ultrapassem R$ 1,3 trilhão, o que torna ainda mais urgente o aumento dos recursos públicos e a redução dos custos de financiamento.

Para Isan Rezende, o agronegócio precisa de um ambiente de segurança para continuar crescendo. “O Plano Safra não é apenas uma política de crédito, é um motor da economia brasileira. O investimento que se faz no campo retorna em forma de emprego, produção, exportação e estabilidade dos preços dos alimentos. O país não pode abrir mão disso”, concluiu.

As propostas da FPA agora estão nas mãos do governo federal, que deverá apresentar em junho a versão final do Plano Safra 2025/26. A expectativa do setor é de que o programa seja robusto, alinhado às necessidades dos produtores e capaz de manter o Brasil na liderança da produção agrícola mundial.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Pecuária de Goiânia deve movimentar R$ 100 milhões em negócios agropecuários

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A 78ª edição da Exposição Agropecuária de Goiânia, popularmente conhecida como Pecuária de Goiânia 2025, acontece de 15 a 25 de maio no Parque de Exposições Agropecuárias Pedro Ludovico Teixeira, no Setor Nova Vila. Com entrada gratuita mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível, o evento é promovido pela Sociedade Goiana de Agricultura e Pecuária (SGPA). A expectativa é atrair mais de 500 mil visitantes ao longo dos 11 dias de programação diversificada, que inclui shows, exposições, leilões e atividades voltadas ao agronegócio.

Além das atrações culturais, a Pecuária de Goiânia é um importante polo de negócios para o setor agropecuário. Embora a organização ainda não tenha divulgado estimativas específicas de comercialização para esta edição, a feira tradicionalmente impulsiona o mercado regional, com destaque para a exposição e venda de animais de alta genética, leilões, além da presença de empresas de insumos, maquinários e tecnologias voltadas ao campo.

A edição de 2025 ocorre em um momento favorável para o agronegócio goiano. Segundo projeções da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Goiás deve atingir R$ 119,4 bilhões neste ano, refletindo o crescimento e a diversificação do setor no estado.

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A programação musical da Pecuária de Goiânia 2025 inclui mais de 10 shows gratuitos, com destaque para artistas renomados como Wesley Safadão, Léo Foguete, Murilo Huff e Amado Batista, que abrirá o evento no dia 15 de maio com a gravação de seu DVD.

Com uma área de 500 mil m², o Parque de Exposições contará com infraestrutura completa para receber o público, incluindo bares, restaurantes, boates, espaços infantis e áreas destinadas à exposição de animais de diversas raças, além de mini animais. A programação também prevê leilões, palestras sobre agronegócio, ações de responsabilidade ambiental e social, consolidando o evento como um dos mais importantes do setor na região Centro-Oeste.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Fenagra deve movimentar R$ 880 milhões em negócios da agroindústria

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Começa nesta terça-feira (13.05), no Pavilhão do Distrito Anhembi, em São Paulo, a 18ª edição da Fenagra — Feira Internacional da Agroindústria Feed & Food, Tecnologia e Processamento. Gratuito e voltado a produtores, técnicos e profissionais da cadeia agroindustrial, o evento segue até quarta-feira (15) com expectativa de movimentar cerca de R$ 880 milhões em negócios — um crescimento de 10% em relação à edição anterior.

Considerada a maior feira da América Latina nos segmentos de nutrição animal e reciclagem agroindustrial, a Fenagra 2024 contará com 230 expositores de 17 países, incluindo representantes da Europa, Ásia, América do Sul, Estados Unidos e Austrália. Serão 16 mil metros quadrados de área expositiva, abrangendo as cadeias de produção de rações para cães, gatos, aves, suínos, bovinos e peixes, além de setores como frigoríficos, graxarias, biodiesel, óleos e gorduras vegetais, grãos e derivados.

A programação técnica é um dos destaques da feira. Serão realizados 11 congressos especializados, com cerca de 200 palestrantes nacionais e internacionais, abordando desde biossegurança e inovação tecnológica até tendências de mercado e sustentabilidade.

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Entre os eventos paralelos de maior relevância está o II Fórum Biodiesel e Bioquerosene – Tecnologia e Inovação, promovido pela Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), nos dias 14 e 15 de maio. A discussão girará em torno da Lei do Combustível do Futuro, viabilidade técnica do biodiesel, rastreabilidade, qualidade dos biocombustíveis e novas frentes como HVO, SAF e combustíveis marítimos.

Outro ponto alto será o V Workshop CBNA sobre Nutrição em Aquacultura, promovido pelo Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA). O foco será em biossegurança, sustentabilidade e inovação na produção de rações para aquicultura, setor em franca expansão no Brasil.

A Fenagra é uma vitrine tecnológica e um espaço estratégico para negócios e atualização técnica, voltada especialmente aos produtores, técnicos, agroindústrias e cooperativas que atuam na base e nas pontas da cadeia agroalimentar brasileira.

Fonte: Pensar Agro

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Parque Berneck – Várzea Grande

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