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Mato Grosso

Mulheres invadem mercado e atuam em negócios tidos como masculinos

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Se lançar no mercado e ser dona do próprio negócio nem sempre é uma decisão planejada, mas vem sendo a opção atualmente de mais de 24 milhões de mulheres no país, conforme pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), principal pesquisadora de empreendedorismo do mundo. A realidade em Mato Grosso não foge à tendência nacional e a força feminina está presente em vários ramos, naqueles tidos como masculino como a indústria, e mais fortemente na prestação de serviço, por meio das microempresas.

O resultado disso são mulheres bem-sucedidas e com maior participação no orçamento familiar, como a empresária Margareth Buzetti, de 59 anos, que representa bem o perfil de uma empreendedora de sucesso que conseguiu se sobressair em um segmento tocado, na sua maioria, por homens. Há 32 anos ela chefia uma indústria de recapagem, recauchutagem, duplagem e vulcanização de pneus de caminhões e máquinas pesadas, a Buzetti Pneus/Drebor, está à frente da presidência da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (Aedic), onde funciona sua empresa, além de outras 260 indústrias.  

Margareth também é diretora de mercado da Associação Brasileira de Reforma de Pneus (ABR) e participou da equipe de transição da atual gestão do Governo do Estado. A empresária conta que sua trajetória no setor industrial começou há mais de 30 anos quando veio do Paraná para Mato Grosso com o marido.

“Nós começamos a trabalhar juntos e comecei a entender o que é esse mercado. A fazer parte de uma associação de reformas de pneus, a participar de feiras nacionais e internacionais e congressos. Foi isso que me fez gostar desse ramo, que é extremamente importante. Hoje 2/3 dos pneus no Brasil são reformados. Imagine essa quantidade de pneus no meio ambiente. Então essa atividade precisa ser olhada com mais atenção pelos governos”, alerta ela.

Na opinião da empresária, apesar da sua empresa ser de um setor masculinizado, o segredo para atingir o patamar desejado, como o que ela conseguiu, é não criar rótulos. “Eu nunca me importei muito com essa questão de ser mulher num mundo de homens. Você vai fazendo, vai participando, realizando e as pessoas vão te respeitando. E sempre digo: tudo isso foi possível porque tenho o apoio do meu marido, que é um companheiro realmente. Com isso, fica mais fácil”, pondera ela, revelando que é a única mulher na diretoria da ABR e foi a primeira mulher a ocupar a presidência da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá.

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A empresária diz que as mulheres são caprichosas e cumprem com as regras de segurança de trabalho mais do que os homens

Atualmente, a empresa de Margareth tem 60 funcionários, muitos deles mulheres, que atuam até em setores considerados pesados dentro da indústria de recapagem. Este mês, em alusão ao Dia Internacional das Mulheres, a diretoria da Associação fará uma programação dentro do Distrito Industrial de Cuiabá, voltado aos colaboradores.

“Vamos fazer palestras nas empresas do Distrito sobre violência doméstica em parceria com a Polícia Militar. A gente sempre fala para as mulheres, mas a gente tem que falar para os homens também porque muitas vezes ele é o agressor. Como essa é uma região que tem muita violência doméstica faremos essa iniciativa. Tem umas 10 empresas que aderiram”, relata Margareth.

Como diretora da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá, ela está incentivando parcerias com a PM para orientar homens e mulheres sobre violência doméstica

Questionada sobre o que a move e a faz realizar cada vez mais dentro da sua área ela é enfática: “minha geração não recebeu nada pronto. Tínhamos que realizar. Você tinha que construir. Meu pai também nos deixou sempre participar e me emancipou muito”, avalia. Para a industrial, isso ajudou a compor sua personalidade empresarial. Além do fato de sempre ter sido curiosa e crítica. Para Margareth essa é sua receita de sucesso.

Voo solo

Apesar de viver em uma realidade totalmente diferente de Margareth, as circunstâncias familiares também acabaram levando Melanie Kallyne Pereira, de 34 anos, formada em Direito, a virar empreendedora. Sua história teve início há sete anos. Na época seu marido trabalhava em uma concessionária na Grande Cuiabá e teve o orçamento reduzido. Diante disso, ela, que na época apenas fazia faculdade, precisou ajudar a complementar a renda da casa.

A ideia de produzir docinhos caseiros foi inspirada na mãe de Melanie, que é funcionária pública, mas fazia doces e acabava vendendo para os colegas no serviço. “Ela ficava até a madrugada fazendo doces. Fazia bolo de pote há 20 anos”, relembra ela, falando do pioneirismo da mãe.

Baseado nessa experiência, nasceu a Doce Mel, ateliê de doces, que funciona hoje na residência de Melanie, em Várzea Grande. Ela trabalha com ajuda do esposo, o qual é responsável pela venda e distribuição das encomendas.

O casal vende doces em várias instituições, incluindo repartições públicas, empresas e no Shopping Popular. Eles possuem ainda uma food bike, usadas em eventos, e atendem encomendas para aniversários. São docinhos variados: brigadeiros (tradicional, branco e com coco queimado), beijinho, bicho de pé, dois amores, olho de sogra, casadinho, pastel de leite ninho, bombons variados e outros produtos.

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Melanie Pereira fez da dificuldade financeira familiar oportunidade e recentemente conseguiu R$ 20 mil em empréstimo no Desenvolve MT para dar um ‘plus’ do negócio que já é um sucesso

“Hoje faço os doces sozinha e ele vende. Por enquanto somos nós dois e divulgamos bastante também no Instagram. É muito bom ter o próprio negócio. É muito bom não depender dos outros. Tenho um horário flexível, trabalho dentro de casa e estou próxima da minha filha”, avaliou ela.

Melanie relata que inicialmente fazia os doces na casa da mãe, porém a produção foi aumentando e ela precisava de estrutura. Foi aí, que após avaliar, decidiu, juntamente com o marido, construir uma cozinha, climatizada, no fundo da casa para produzir seus produtos. O casal gastou R$ 40 mil na reforma, sendo R$ 20 mil deles de financiamento de um programa estadual de apoio a microempresários, via MT Fomento, hoje Desenvolve MT, agência de fomento ligada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). “Foi muito bom e mudou nossa vida”, acrescentou.

Agora, Melanie consegue fazer seus doces de forma mais profissional e atender a demanda, que cresce a cada dia. “Pra (sic) mim o que importa é conquistar o cliente. E para isso o segredo é ter produtos de qualidade”, afirma ela, dizendo que sempre procura inovar e aumentar a variedade de itens disponíveis. “No final do mês vou fazer um curso com uma professora de fora que sigo sempre, pois quero entrar no mercado de bolos de aniversário”, revela ela. E para os clientes avisa que neste ano, como em 2018, vai produzir ovos de Páscoa.

Empreendedorismo feminino

Um estudo da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), conduzido pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), aponta que em 2017 haviam 23,9 milhões de mulheres empreendedoras no país, número um pouco inferior aos homens que era de 25,4 milhões. Se considerado os empreendimentos com até três anos e meio de atuação no mercado, a presença feminina ultrapassa a masculina, chegando a 14,2 milhões de mulheres donas do próprio negócio frente a 13,3 milhões de homens. Os dados, segundo especialistas, representam um grande avanço na sociedade e uma conquista quando se refere à emancipação feminina.

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Mato Grosso

Juiz eleitoral firma parcerias com Prefeituras de Juína e Castanheira para ampliar cadastro biométrico

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Com o objetivo de garantir maior segurança, agilidade e transparência nas eleições, o juiz da 35ª Zona Eleitoral, Patrick Coelho Campos Gappo, firmou Acordos de Cooperação Técnica com as Prefeituras de Juína e Castanheira, no estado de Mato Grosso. A iniciativa visa intensificar o atendimento ordinário com coleta de dados biométricos, contribuindo para o cumprimento da meta estabelecida pela Corregedoria Regional Eleitoral de atingir 98% de cadastramento biométrico no estado. Além disso, as parcerias firmadas estão alinhadas à Portaria nº 118/2024/PRES-TRE/MT. 

  

O acordo prevê a comunhão de esforços institucionais, incluindo a disponibilização de servidores municipais para apoio no atendimento, realização de campanhas de divulgação e fornecimento de estrutura logística para os trabalhos da Justiça Eleitoral, entre outras contribuições. 

  

Segundo o magistrado, a biometria representa um avanço tecnológico essencial para o fortalecimento da democracia. “A identificação do eleitor por meio de impressões digitais e foto confere ainda mais segurança à votação, evitando fraudes e garantindo que cada cidadão exerça seu direito com confiança e legitimidade”, destacou o juiz eleitoral, Patrick Gappo. Ele também agradeceu às Prefeituras pela rápida adesão à parceria, reconhecendo o compromisso com a cidadania e a democracia. 

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A medida integra o plano de ação da 35ª Zona Eleitoral e será fundamental para aumentar o índice de eleitores cadastrados biometricamente, além de facilitar o acesso da população aos serviços da Justiça Eleitoral. 

  

Atualmente, em Castanheira, do total de eleitores e eleitoras (5.782), possuem a biometria cadastrada, 2.866, ou seja, 49,57%. Já o total de pessoas ainda não biometrizadas é de 2.916, ou seja, 50,43%. Em Juína, do total de 32.841 eleitores e eleitoras aptas, 22.686 têm a biometria, isto é, 69,08%, e 10.155 pessoas ainda não fizeram o cadastro biométrico, representando, 30,92%. 

  

A Justiça Eleitoral reforça que, embora o cadastramento biométrico não seja obrigatório para as Eleições Gerais de 2026, é altamente recomendável que os eleitores regularizem a situação o quanto antes. A coleta biométrica contribui não apenas para a segurança do voto, mas também para a melhoria do banco de dados nacional, utilizado em diversas políticas públicas. 

  

Campanhas de conscientização e mutirões de atendimento estão sendo promovidos nos próximos meses, e a população será amplamente informada sobre os locais e horários para realizar o procedimento. A expectativa é que, com o apoio institucional e o engajamento da sociedade, a meta de 100% de cobertura biométrica seja alcançada nos dois municípios para o próximo pleito. 

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Assessoria TRE-MT 

 

#PraTodosVerem: A imagem mostra o momento do cadastramento biométrico de uma eleitora. Uma servidora da Justiça Eleitoral posiciona os dedos da cidadã sobre um leitor biométrico, conectado a um notebook e outros equipamentos utilizados no atendimento. Sobre a mesa também é possível ver um documento de identidade, reforçando o contexto de atualização cadastral e identificação do eleitorado. 

Fonte: TRE – MT

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Mato Grosso

TRE-MT lança campanha institucional de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher

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Com o objetivo de promover um ambiente de trabalho seguro, acolhedor e livre de qualquer forma de violência doméstica e familiar, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) dará início, nesta quinta-feira (10.07), à Campanha “Quebre o Silêncio. Você não está sozinha, voltada à orientação, acolhimento e conscientização sobre o enfrentamento à violência contra mulheres. A iniciativa será realizada até o dia 16 de julho e integra o Programa de Prevenção e Medidas de Segurança voltado ao Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra Magistradas e Servidoras e que está alinhado ao protocolo estabelecido na Recomendação nº 102/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Voltada ao público interno e externo, a campanha é coordenada pela Assessoria de Comunicação Social (ASCOM), sob a gestão da Presidência do Tribunal, e contempla a publicação de matéria jornalística, cards informativos nas redes sociais, envio de mensagens por e-mail aos servidores e divulgação na intranet institucional.

Durante toda a semana, serão abordados diferentes aspectos relacionados à violência doméstica, como os tipos de violência, os sinais de alerta, os impactos psicológicos, a importância da rede de apoio e o papel da sociedade no enfrentamento ao problema. Todas as peças da campanha destacam os canais oficiais de denúncia disponíveis.

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“A violência doméstica é uma das formas mais graves de violação dos direitos humanos e, infelizmente, ainda persiste em todos os setores da sociedade. Romper com esse ciclo exige informação, acolhimento e ação institucional concreta. Por isso, essa campanha reforça o nosso compromisso com a proteção das mulheres que integram o nosso quadro e com a construção de um ambiente institucional mais seguro, empático e humano”, destacou a presidente do TRE-MT, desembargadora Serly Marcondes Alves.

Canais de denúncia

No âmbito do TRE-MT, denúncias internas podem ser feitas pelo e-mail:
[email protected]

Já os canais públicos disponíveis são:

Disque 180 – Violência doméstica

Disque 190 – Emergência (Polícia Militar)

Disque 197 – Emergência (Polícia Civil)

Em Cuiabá, as vítimas também podem procurar a Delegacia da Mulher:
(65) 3901-4277 (atendimento das 8h às 18h)
e-mail: [email protected]

Compromisso institucional

Formalizado pela Resolução nº 2.869/2024, o Programa de Prevenção e Medidas de Segurança voltado ao enfrentamento da violência doméstica e familiar contra magistradas e servidoras prevê, entre outras ações: a capacitação contínua sobre o tema, implementação de medidas de segurança personalizadas, suporte institucional às vítimas e campanhas regulares de conscientização.

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Jornalista: Andréa Martins Oliveira

#DescriçãodaImagem: Card da campanha “Quebre o Silêncio. Você não está sozinha!”, do TRE-MT. Fundo vermelho e azul. À esquerda, a frase principal em destaque. À direita, símbolo de pare com uma mão e o texto “Violência doméstica e familiar contra a mulher”. Logos da Ouvidoria da Mulher e do TRE-MT no rodapé.

Fonte: TRE – MT

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Parque Berneck – Várzea Grande

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