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Mulheres em cargos de comando no Estado falam dos desafios da função

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A Constituição de 1934 assegurou o princípio da igualdade entre os sexos, o direito ao voto e a regulamentação do trabalho feminino. Apesar de garantidos os direitos no papel, a construção para que essas políticas sejam efetivas é diária.

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a força feminina representa 45,6% da população ocupada no Brasil em idade de 25 a 49 anos. No entanto, as mulheres recebem menos que os homens, apenas 79,5% do salário deles.

No serviço público a média de trabalhadoras aumenta. Levantamento feito pela Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado (Seplag) mostra que em Mato Grosso as mulheres representam 51% da força de trabalho do funcionalismo público.

A secretária de Assistência Social e Cidadania (Setasc), Rosamaria Carvalho, diz que, conforme as estatísticas, o poder de decisão ainda está, em sua maior parte, nas mãos dos homens, mas que as mulheres estão conquistando o seu espaço. Por saber que faz parte de um grupo privilegiado, se diz orgulhosa de ocupar a função que lhe foi atribuída. 

Mato Grosso tem hoje três mulheres ocupando cargos máximos, o que para Rosamaria é um estímulo para as demais servidoras estaduais

“Eu fico muito lisonjeada de estar hoje como secretária de Estado, não pelo status do cargo, mas pelo que isso representa. Sou uma professora que saiu do interior de Minas Gerais, cheguei em Mato Grosso separada e com três filhos e consegui, passo a passo e com o fruto do meu trabalho, vencer e conquistar espaços, quebrando os paradigmas que a vida colocou para mim”, disse a secretária.

Num contexto geral, Rosamaria diz que o trabalho do homem inicialmente é mais valorizado. No entanto, exercendo o cargo de secretária da Setasc não enfrenta desafios diferentes do que um homem enfrentaria. O ambiente de trabalho da pasta é dominado por mulheres, pois há muitos cargos de assistente social, carreira predominantemente escolhida por mulheres.

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Ela cita a crise financeira do Estado como um dos principais desafios. “Conhecemos as necessidades da população, são muitos projetos em desenvolvimento e temos que equalizar com a questão financeira. Mas acredito na capacidade de gestão do governador e ainda vamos executar muitas ações grandiosas, me sinto lisonjeada de fazer parte dessa equipe”.

Mauren Lazzaretti afirma que os desafios são muitos, a começar por conciliar agenda de trabalho com a pessoal, pois ela também é mãe, esposa e tem que equilibrar todas as funções, como as demais mulheres. Foto: Mayke Toscano

A secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, avalia que a mulher precisa sair da zona de conforto para desempenhar papeis que são normalmente masculinos e por isso o desafio é maior quando se chega a posições de liderança.

Para ela, evidentemente as mulheres enfrentam alguns ambientes de discriminação, mas que estão conseguindo superar as barreiras culturalmente impostas. Afirma que não raras vezes está em reuniões com a presença de maioria homens, embora isso não seja um problema ou desafio. “Não temos dificuldade nenhuma no governo e na secretaria em demostrar nossa opinião e fazer nosso trabalho”.

No Meio Ambiente, as servidoras mulheres ocupam grande parte dos cargos de liderança e são responsáveis pelos avanços na agenda ambiental. Da esquerda para a direita: Mauren (secretária da Sema), Lilian Ferreira (secretária adjunta de Licenciamento Ambiental e Recursos Hídricos) e Luciane Bertinatto Copetti (secretária adjunta de Gestão Ambiental). Foto: Mayke Toscano 

Uma das grandes dificuldades sem dúvida ainda é conciliar o trabalho com outros afazeres da vida pessoal. “Estar à frente da Secretaria de Meio Ambiente além de ser tão desafiador como é para qualquer homem, dificulta o exercício das nossas atividades enquanto mãe e esposa, é muito mais complicado. Nos vigiamos todos os dias para que não deixemos a desejar em casa e até mesmo nos cuidados próprios. A gente tende a não cuidar de si mesma com a mesma dedicação quando estamos ocupando um cargo que exige tanto de nós profissionalmente”, avalia.

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Mulher não é sexo frágil

Mais da metade das mulheres servidoras do Estado está lotada na Secretaria de Educação (Seduc), sendo 56% do total. Conforme a secretária Marioneide Kliemaschewsk, a força de trabalho feminina chega a 90% do efetivo da maior secretaria do Estado.

Para ela, ainda vivemos numa sociedade machista, pois apesar de a mulher ter conquistado maior índice de escolaridade que homem, ainda não consegue ser maioria nos cargos de gestão e decisão. Professora com 31 anos de experiência na gestão escolar, Marioneide não concorda com a máxima de que mulher é o “sexo frágil”. 

Rosaneide lidera a maior secretaria estadual, a Educação, que possui um quadro com mais de 90% de servidoras mulheres, que segundo ela são extremamente comprometidas e dedicadas. Foto: Junior Silgueiro | Seduc MT

“Ela precisa de desdobrar em múltiplas funções. Os desafios de uma mulher não inúmeros, dentre eles o de ser profissional, mãe, dona de casa e esposa. Dentre esses papeis que são diversificados na sociedade, só sobra uma alternativa: ser forte, ter fé, coragem e superar os seus próprios limites. Na educação percebo isso a cada dia, pois 90% das pessoas que compõem nosso quadro são profissionais do sexo feminino. E isso se deve não só a um processo histórico da construção da carreira do magistério, mas a sensibilidade que a mulher tem diante da vida”, disse a secretária.

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Pré-candidato ao Senado descarta Mauro Mendes como possível nome do PL para 2026 e aponta José Medeiros como favorito

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O clima político em Mato Grosso está esquentando à medida que as eleições de 2026 se aproximam. O pré-candidato ao Senado pelo Partido Liberal (PL), Antônio Galvan, fez declarações fortes sobre o futuro político do atual governador do estado, Mauro Mendes. Em entrevista recente, Galvan afirmou que o governador está “descartado” como possível candidato ao Senado pelo PL nas próximas eleições, acrescentando que a chapa do partido já tem dois nomes fortes: o próprio Galvan e o deputado federal José Medeiros.

Segundo Galvan, a liderança do PL em Mato Grosso é atualmente representada por ele e Medeiros, destacando que o governador, apesar de sua proximidade com o partido, não faz parte dessa configuração. “Hoje, quem realmente representa o Partido Liberal somos nós, e o governador é mais ligado ao centro político”, disse Galvan. A declaração ocorre em meio à especulação sobre a migração de Mendes para o PL, um movimento que, para Galvan, parece ser mais uma questão de estratégia eleitoral do que uma verdadeira afinidade ideológica.

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Ainda durante a entrevista, Galvan foi questionado sobre a presença do governador ao lado de Jair Bolsonaro em um ato político em Brasília, evento que gerou grande repercussão na mídia. O pré-candidato minimizou a importância do encontro e afirmou que Mauro Mendes teria sido “aproveitado” nas imagens, sugerindo que o governador não estaria realmente alinhado com a agenda do ex-presidente, mas sim aproveitando uma situação conveniente. “Foi bom para ele estar lá, mas não significa que ele seja o nome do PL para o Senado”, completou Galvan.

Em contrapartida, uma nova informação começa a ganhar força nos bastidores da política estadual. Fontes próximas ao governador indicam que Mauro Mendes deve, de fato, ingressar no Partido Liberal no próximo ano, abrindo caminho para sua candidatura ao Senado. Esse movimento poderá reconfigurar o cenário político em Mato Grosso, com a provável entrada de Mendes na disputa como um dos principais nomes do PL para as eleições de 2026.

Veja o vídeo a baixo. 👇🏻👇🏻👇🏻👇🏻

 

 

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Governador de MT Enfrenta Críticas de Pedro Taques e Carlos Fávaro: Tensões Políticas visando 2026

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O clima político em Mato Grosso (MT) está cada vez mais tenso. O governador Mauro Mendes tem sido alvo de críticas contundentes, tanto do ex-governador Pedro Taques quanto do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Ambas as figuras têm questionado publicamente as ações de Mendes, gerando uma série de especulações sobre possíveis desentendimentos no cenário político estadual.

A crítica mais recente de Pedro Taques, ex-governador de Mato Grosso, foi direcionada à operação da Polícia Civil do Estado, após o que ele classificou como um “vazamento” de informações. Nas redes sociais, Taques não poupou palavras e cobrou explicações do governo sobre falhas no sistema de segurança pública. Ele apontou um possível comprometimento da operação e sugeriu que o atual governo falhou em garantir o sigilo e a eficácia das investigações.

Em resposta, o governador Mauro Mendes gravou um vídeo destacando a importância de sua gestão na área de segurança, especialmente o programa “Tolerância Zero”, que tem sido uma das bandeiras de seu governo. Durante a gravação, Mendes afirmou que não hesitará em tomar medidas rigorosas contra qualquer irregularidade dentro das forças de segurança do estado, incluindo a Polícia Militar. “Esses policiais vão ter o direito de se defender, entretanto com essa prisão nós mostramos que vamos cortar na carne qualquer irregularidade cometida dentro das forças de segurança”, declarou o governador, reafirmando sua postura firme contra a corrupção dentro da corporação.

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Porém, a disputa política ganhou um novo capítulo com as declarações do ministro Carlos Fávaro, outro crítico aberto de Mendes. Durante um evento em Cáceres, Fávaro questionou a destinação de recursos para a construção de uma roda gigante, um dos grandes projetos turísticos do governo estadual. “Em vez de investir milhões em uma roda gigante, por que não aplicar esses recursos em projetos que melhorem a educação, a cultura, o esporte e o lazer da nossa população?”, questionou o ministro. Sua fala gerou especulações sobre um possível atrito público entre ele e o governador, que tem promovido grandes investimentos em infraestrutura e turismo como parte de sua gestão.

A crítica de Fávaro foi vista como uma “alfinetada” direta à administração de Mauro Mendes, cuja estratégia de investimentos em projetos turísticos e de grande visibilidade tem sido amplamente divulgada. A sugestão de que os recursos poderiam ser melhor aplicados em áreas sociais como educação e cultura indicou uma divergência significativa entre o ministro e o governador, especialmente no que diz respeito às prioridades do governo estadual.

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Ao ser questionado sobre as declarações de Fávaro e a possível crítica, o governador Mauro Mendes preferiu não comentar diretamente. No entanto, a reação de Fávaro ao ser abordado sobre o assunto foi de evidente irritação. O ministro, visivelmente desconfortável, demonstrou descontrole ao ser perguntado sobre o teor de suas críticas, deixando no ar uma tensão crescente entre as figuras políticas de Mato Grosso.

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