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Modelo de gestão do Hospital Central é discutido em audiência pública

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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizou audiência pública na manhã desta segunda-feira (14) para discutir o modelo de gestão do Hospital Central de Cuiabá. Conforme a proposta do governo, o Hospital seria gerido pela Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein. O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, detalhou o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 10/2025 elencando os benefícios esperados com essa parceria.

O deputado Lúdio Cabral (PT), autor do requerimento solicitando a audiência pública, afirmou que a proposta do governo é ilegal e inconstitucional. Segundo ele, a proposta traz várias ilegalidades, criando insegurança jurídica para a lei. A proposta deve ser votada em regime de urgência na sessão ordinária da próxima quarta-feira (16).

“Estou com pedido de vista da proposta. A partir disso, vou formular emendas ou um substitutivo para corrigir erros e ilegalidades e, ainda, para inserir outros termos à proposta. Farei isso na sessão ordinária desta quarta-feira. Uma delas será o de ceder servidor efetivo para OSS. Vamos exigir também a nomeação dos aprovados no concurso público nas áreas que o hospital ofertar serviços assistenciais”, disse Cabral.

Foto: Luiz Alves/ALMT

Em relação à possível ilegalidade da proposta, Lúdio Cabral afirmou que é “meu dever como parlamentar estadual, como fiscal do Poder Executivo, alertar para as ilegalidades que constam no PLC (Projeto de Lei Complementar) que tramita aqui na Assembleia. Ele fere os princípios constitucionais da administração pública, especialmente da impessoalidade, porque ela direciona primeiro, depois qualifica a Sociedade Beneficente Albert Einstein como OSS (Organização Social de Saúde), excepcionalmente, mesmo desrespeitando os requisitos da Lei 583, de 2017”, explicou Cabral.

O deputado afirmou que é contra o modelo de gestão por meio de Organizações Sociais de Saúde (OSS). Segundo ele, esse modelo já foi utilizado em Mato Grosso entre 2011 a 2018, trazendo resultados negativos ao Estado. “Custo elevadíssimo, precarização do vínculo dos profissionais de saúde, baixa qualidade nos resultados apresentados e sucateamento de todas as unidades hospitalares geridas pelas OSS em Mato Grosso”, disse Cabral.

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O parlamentar ressaltou que é a favor de um modelo que tenha na administração direta os servidores públicos concursados, efetivos e qualificados no quadro estável da Secretaria de Estado de Saúde. “Os servidores efetivos que estão aqui e aqueles que se dedicaram por anos e anos, mesmo não sendo efetivos, são a demonstração mais objetiva dessa qualidade”, disse Cabral.

Lúdio enfatizou que não questiona a excelência do Hospital Albert Einstein em uma possível prestação de serviço. “A gente quer o know-how do Hospital Albert Einstein para nos ajudar a qualificar os nossos servidores, aqueles que irão atuar na gestão e na operação do Hospital Central. Isso é positivo, mas isso não significa aprovarmos uma lei carregada de inseguranças jurídicas, que podem comprometer a gestão do hospital”, disse o parlamentar.

A parceria entre o Hospital Albert Einstein é possível, segundo Cabral, porque o Estado já tem dois contratos em vigência com a unidade de saúde. Segundo Lúdio Cabral, os contratos foram firmados em 2022 e outro em 2023. “Os dois contratos são para consultoria, ambos com inexigibilidade para licitação, justo por conta da qualificação dessa instituição. Esses contratos custaram aos cofres do estado pouco mais de cinco milhões de reais”, destacou Cabral.

Durante a audiência, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que o Estado vai economizar aproximadamente R$ 50 milhões por ano com a gestão do Hospital Albert Einstein.

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“Essa é uma opção vantajosa para o Estado. O governo está respaldado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), pelos órgãos de controle e por isso buscamos a parceria desse importante hospital. O governo do estado assume as suas decisões respaldadas na legislação que nos permite realizar esse procedimento que estamos adotando”, explicou Figueiredo.

Com início do funcionamento do Hospital Central, de acordo com Gilberto Figueiredo, o Hospital Estadual Santa Casa de Cuiabá será desativado. “Como gestão do governo de estado, ele deixa de existir. Agora, se ele vai virar um hospital de gestão municipal ou qualquer outra instituição, não posso assegurar isso. O prefeito (de Cuiabá) Abílio Brunini já manifestou que tem interesse em transferir para lá o Hospital São Benedito”, afirmou Figueiredo.

Lúdio lembrou que a atual unidade hospitalar opera com “10 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Neonatal, 10 leitos de UTIs pediátrica, acredito que 30 leitos de UTIs adulto, e dezenas de leitos de pediatria geral, leitos de oncologia pediátrica, um serviço de oncologia pediátrica que tem décadas de funcionamento. E o único serviço de nefrologia pediátrica do estado. Nós vamos aprofundar esse debate”.

As obras do Hospital Central começaram em 1984, mas foram paralisadas em 1987. Do início da construção até 2017, por várias vezes o Ministério Público Federal (MPF) entrou com ações à retomada das obras. Mas elas foram retomadas apenas em 2020, depois de 36 anos, no atual governo. No hospital, já foram investidos R$ 513 milhões, sendo R$ 273 milhões em obras e mobiliários e R$ 240 milhões em equipamentos.

Fonte: ALMT – MT

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Deputada pede que colegas do MDB ‘decidam a vida’ ainda este ano

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A deputada estadual Janaína Riva (MDB) afirmou que os correligionários e deputados federais Juarez Costa e Emanuelzinho, precisam “decidir a vida” até o fim deste ano para que o partido tenha uma definição sobre os candidatos para 2026. A fala da parlamentar faz referência a possível saída dos dois do Movimento Brasileiro Democrático e filiação em outras siglas.

 

“Construir uma chapa com dois deputados num mandato é mais difícil que sem nenhum, porque a chapa quando tem dois e trazer pessoas com intuito de serem eleitas elas ficam com 10 pés atrás, porque eles já estão no mandato. O que vamos precisar enquanto partido é que eles tenham uma definição até o fim deste ano com relação à vida de cada um”, declarou.

 

Janaina crê que, se concretizada a saída dos dois, surge uma oportunidade de construir uma chapa nova. Contudo, faz ressalva, garante que os dois não serão considerados “inimigos do partido” e que a sigla deve respeitar a decisão de ambos. “Não vai ter puxação de tapete nem incomodação para ficar no partido”, disse.

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Mais de 30 anos no MDB, Juarez Costa está “de malas prontas” para sair da sigla. Os possíveis destinos seriam o Republicanos, do vice-governador Otaviano Pivetta, ou o Podemos, que pode se fundir com o PSDB. Já Emanuelzinho é cotado para se unir ao PSD do ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro.

 

Com o anúncio de aposentadoria da vida pública e política do atual presidente do MDB em Mato Grosso, Carlos Bezerra, que deve ter um novo comandante após votação interna da sigla em agosto deste ano, o partido enfrenta uma verdadeira crise em seus rumos. A própria Janaina já se colocou à disposição para presidir o diretório estadual, mas entende que é uma construção coletiva. Uma debandada é vista com o desejo de saída de diversos filiados.

fonte – gazeta digital.

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Gastos com Cota Parlamentar revelam prioridades de deputados de MT

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Dois deputados que assumiram vagas como suplentes lideram o ranking de gastos com a cota: Nelson Barbudo (PL) aparece em primeiro lugar, com R$ 136.717,66, seguido de Rodrigo Zaeli (PL), com R$ 128.328,64.

Deputados federais de Mato Grosso têm concentrado os gastos da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) em ações de divulgação de mandato e aluguel de veículos. Ao todo, os parlamentares utilizaram R$ 879.175,27 em despesas reembolsáveis, com destaque para os investimentos em comunicação – R$ 378.878,90, ou 43% do total.

Esses valores correspondem a serviços como produção de conteúdo, gestão de redes sociais, impulsionamento de publicações e contratação de agências de publicidade. O segundo maior destino dos recursos foi o aluguel de veículos, que somou R$ 186.258,98 – cerca de 21,19% dos reembolsos.

A legislação que regula a cota parlamentar permite o reembolso de despesas relacionadas ao mandato, mediante apresentação de notas fiscais e recibos. Como o prazo para solicitar o reembolso é de até 90 dias, os números podem sofrer alterações com o tempo.

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Suplentes lideram ranking de gastos

Dois deputados que assumiram vagas como suplentes lideram o ranking de gastos com a cota: Nelson Barbudo (PL) aparece em primeiro lugar, com R$ 136.717,66, seguido de Rodrigo Zaeli (PL), com R$ 128.328,64.

Barbudo voltou à Câmara após o falecimento da deputada Amália Barros. Com discurso de oposição ao governo federal, se apresenta como fiscalizador combativo e defensor da liberdade de expressão. Ao assumir o mandato, fez questão de destacar seu estilo direto e seu compromisso com a Justiça.

Zaeli, por sua vez, assumiu a vaga deixada por Abilio Brunini, eleito prefeito de Cuiabá. Empresário e ex-vereador em Rondonópolis, Zaeli conquistou 6.965 votos nas eleições de 2022 e passou a representar o PL na Câmara Federal após a vitória de Abilio nas urnas.

Confira os valores declarados por cada deputado:

  • Nelson Barbudo (PL): R$ 136.717,66

  • Rodrigo Zaeli (PL): R$ 128.328,64

  • Juarez Costa (MDB): R$ 111.871,91

  • Coronel Assis (PL): R$ 111.203,13

  • Coronel Fernanda (PL): R$ 106.208,53

  • José Medeiros (PL): R$ 104.419,37

  • Emanuelzinho (MDB): R$ 99.794,24

  • Gisela Simona (PL): R$ 79.621,79

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Os dados foram obtidos por meio do portal Controle Cidadão, da Câmara dos Deputados, que permite a consulta detalhada das despesas realizadas por cada parlamentar ao longo do mandato.

fonte – o mato grosso.

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Parque Berneck – Várzea Grande

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