O ex-presidente chegou por volta das 18h30m. A lista de convidados foi restrita , e os primeiros a aparecer foram o pré-candidato a vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin, a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-senador Lindbergh Farias, o ex-governador do Maranhão Flávio Dino, o pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, e o pré-candidato do PSB ao governo do Rio, Marcelo Freixo.
Artistas também já chegaram à festa. Gilberto Gil e sua filha Bela Gil, que foi uma das apresentadoras do lançamento da pré-campanha do petista, Daniela Mercury, a cantora Teresa Cristina, Gil do Vigor e sua mãe e a cantora Duda Beat foram convidados. Antônio Pitanga e a ex-governadora do Rio Benedita da Silva também marcaram presença, assim como os governadores Rui Costa, da Bahia, Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, e Paulo Câmara, de Pernambuco. Advogado de Lula nas ações penais da Lava-Jato, Cristiano Zanin Martins e o empresário José Seripieri Filho, o Júnior da Qualicorp, também foram ao casamento.
Segundo relatos, o casal chorou em diversos momentos. Lula se emocionou já no começo da cerimônia antes da entrada da noiva. Já na saída da cerimônia, o ex-BBB e influenciador elogiou o evento.
“Estava tudo lindo”, disse Gil do Vigor.
Duas patrulhas da Polícia Militar de São Paulo fazem a segurança na porta da casa de festas. Por volta das 18h30m, três pedestres gritaram “Lula ladrão”. Logo depois, um motorista gritou, de dentro de seu carro “Fora, Lula” e também “Fora, Bolsonaro”.
Por volta das 22h, um casal estacionou um Toyota Corolla preto em frente à casa de festas e começou a gritar e xingar Lula, o chamando de ladrão. Seguranças tentaram contê-los, orientando os dois a saírem de lá. O casal acusou os seguranças de terem usado spray de pimenta e depois dirigiram o carro para uma área ao lado da entrada, onde se juntaram com um homem que dizia ser morador da região e que também xingava Lula. Foram embora minutos depois. Logo após o episódio, o DJ da festa começou a tocar o jingle de 1989 da campanha de Lula à Presidência. Já por volta das 22h20m, quatro patrulhas da PM chegaram ao local para reforçar a segurança.
Nas redes, perfis ligados à pré-candidatura de Lula estão fazendo uma cobertura em tempo real da festa, em linha com as redes sociais oficiais do ex-presidente, que postaram ontem um vídeo editado com falas de Lula sobre a decisão de casar-se em ano eleitoral sob o argumento de que ele quer assumir tanto “responsabilidade” com a sua mulher quanto “com o Brasil”.
O escritor Fernando Morais, biógrafo de Lula, foi o primeiro a deixar o casamento. Segundo ele, Dom Angélico falou sobre guerra e fome durante a cerimônia, dizendo que a união de duas pessoas apaixonadas naquele momento era uma forma de enfrentar esses problemas. Lula e Janja apenas leram os votos. O escritor disse também que incluirá o casamento em um segundo volume da biografia do ex-presidente. Franklin Martins, que foi afastado da comunicação do PT, saiu logo depois de Morais.
Os noivos discursaram ao abrirem a pista. O tom não foi político. Lula disse que Janja o rejuvenesce e lembrou das 580 cartas que trocaram no período em que ele esteve preso. Ela disse que este é o dia mais feliz da vida dela.
Convidados
Segundo publicou a colunista Bela Megale, Lula e Janja estabeleceram como critério para os convidados ter relação de amizade com o casal. Inicialmente com 150 pessoas, a lista final ultrapassou as 200. Petistas históricos como o ex-ministro Zé Dirceu e nomes da cúpula da campanha de Lula, como o coordenador José Guimarães, ficaram de fora.
Uso de Celular
Ainda segundo Bela Megale, aparelhos celulares devem estar vetados, tanto do staff do evento quanto dos convidados. A recomendação do convite é que as pessoas fiquem “longe dos celulares” na festa. Haverá um espaço para que as pessoas deixem seus aparelhos antes de entrar no evento. Também não será permitido tirar fotos no local.
Os detalhes da festa foram organizados pela própria Janja. O casamento seguirá o tradicional rito dos noivos passarem o dia se arrumando em locais separados para se encontrarem no momento da festa.
Bebidas
Para os brindes da festa, o casal escolheu o espumante brasileiro Cave Geisse Brut, que custa em torno de R$130,00. No cardápio etílico também terá vinho branco Freixenet Sauvignon, com custo de R$ 60 a garrafa, vinho tinto Perro Callejero Blend de Malbec, em torno de R$ 80,00 a unidade, além de cerveja Heineken.
Custos da festa
Segundo a colunista Malu Gaspar, a assessoria de imprensa de Lula afirmou que o casal vai bancar o evento com recursos próprios, mas não informou o valor a ser gasto. O jornalista Leo Dias chegou a publicar em sua coluna no site Metrópoles que o evento custaria mais de R$ 100 mil. A equipe do ex-presidente se limitou a dizer que “não vai custar tudo isso”.
Votos de casamento
Lula não tem nenhum discurso escrito para a cerimônia de seu casamento — irá falar de improviso — enquanto Janja preparou seus votos, informou Bela Megale.
Lua de mel
O casal não fará viagem de lua de mel. Eles devem apenas tirar uns dias de descanso depois da festa em São Paulo, e na sequência Lula retoma sua agenda de pré-campanha.
Um inquérito aberto pela Polícia Federal apura a atuação de pastores lobista na pasta durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro . O presidente, porém, não é alvo da investigação.
Em um requerimento feito ao Supremo Tribunal Federal, contudo, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) quer que seja apurado tanto se Bolsonaro teve envolvimento nas irregularidades no MEC, como também se tentou interferir na investigação aberta contra Ribeiro. A partir do parecer, em que a PGR vai dizer se concorda ou não com uma investigação do presidente, ela vai analisar os próximos passos.
Em seu despacho, Cármen Lúcia fez menção apenas ao primeiro pedido do deputado petista, mas todo o processo irá para a PGR. Assim, o órgão terá que se manifestar sobre os dois pontos.
Além desse pedido do parlamentar de oposição, a Justiça Federal também determinou o encaminhamento ao STF da investigação aberta contra Ribeiro, uma vez que, segundo o Ministério Público Federal, foram levantados indícios da interferência de Bolsonaro. Como presidente da República, ele pode ser processado apenas pelo STF. Nesse caso, ainda não houve nenhuma decisão na Corte.
O pedido inicial do deputado Reginaldo Lopes, para apurar possível participação do presidente em ilicitudes, foi feito na quarta-feira da semana passada, após a deflagração da Operação Acesso Pago, da Polícia Federal, que levou à prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que seria solto no dia seguinte.
Na sexta-feira, após o Ministério Público Federal (MPF) apontar indícios de vazamento da operação e “possível interferência ilícita por parte do presidente da República Jair Messias Bolsonaro nas investigações”, o caso foi enviado ao STF pelo juiz federal Renato Borelli, que tocava o processo. A partir disso, Reginaldo Lopes fez um aditamento, pedindo também a investigação de Bolsonaro por possível tentativa de interferir na investigação.
O deputado disse que a investigação da PF apontou a “existência de uma organização criminosa chefiada pelo Presidente da República, Senhor Jair Messias Bolsonaro, que tinha como operador político o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e como operadores financeiros principais, os Pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, todos adrede conluiados, com o objetivo de fraudar o erário”.
Ele destacou que eram privilegiados “aliados políticos religiosos e/ou Prefeitos que aceitassem receber recursos públicos em troca de apoio aos projetos de reeleição do mandatário da Nação e de pagamento de vantagens indevidas aos apontados criminosos, quiçá até mesmo na perspectiva de constituição de caixa de campanha fora das linhas legais e constitucionais”.
Cármen Lúcia já foi relatora antes A ministra era a relatora de um inquérito no STF que tinha Milton Ribeiro como alvo, em razão de possíveis irregularidades no MEC. Quando ele deixou o cargo e perdeu o foro privilegiado, Cármen Lúcia enviou o processo para a Justiça Federal do Distrito Federal. Esse caso apura também os pastores lobistas Gilmar Santos e Arilton Moura, que facilitariam o acesso de prefeituras à pasta.
Na semana passada, durante a Operação Acesso Pago, Milton Ribeiro chegou a ser preso preventivamente e foi alvo de busca e apreensão, além de ter tido o sigilo bancário quebrado, por ordem do juiz federal Renato Borelli. Depois foi solto por decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
A PF já tinha interceptado ligações telefônicas do ex-ministro. Em uma delas, em 9 de junho, ele contou à filha que conversou por telefone com Bolsonaro. Segundo Milton Ribeiro, o presidente disse na época achar que fariam uma busca e apreensão contra o ex-ministro.
O diálogo levou o MPF a apontar houve indícios de vazamento e “possível interferência ilícita por parte do presidente da República Jair Bolsonaro nas investigações”. A partir disso, solicitou o envio do caso ao STF, tribunal que pode processar o presidente da República, o que foi autorizado pelo juiz federal Renato Borelli.
No telefonema com a filha, Milton Ribeiro afirmou:
“A única coisa meio… hoje o presidente me ligou… ele tá com um pressentimento, novamente, que eles podem querer atingi-lo através de mim, sabe? É que eu tenho mandado versículos pra ele, né?”.
Depois disse:
“Não! Não é isso… ele acha que vão fazer uma busca e apreensão… em casa… sabe… é… é muito triste. Bom! Isso pode acontecer, né? Se houver indícios né”.
Renan Calheiros pode reassumir vaga no Senado caso CPI do MEC seja aprovada 21.06.2022
O senador licenciado Renan Calheiro (MDB) discute informalmente com colegas de partido, sobre uma possível volta ao Senado caso seja instalada a CPI do MEC (Ministéria da Educação). A informação foi confirmada com fontes próximas ao senador Antonio Braga, líder do MDB no Senado.
Calheiros foi relator na última CPI da Covid na casa e atualmente está sob licença parlamentar por 120 dias, período em que deve atuar como coordenador da campanha de seu filho à candidatura para governo do Estado de Alagoas. O líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), já recolheu 28 assinaturas e aprovou requerimento onde solicida a abertura da CPI do MEC. O apoio a abertura da CPI ganhou força após a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, já solto pela justiça.
A partir de agora, o requerimento deve encaminhado para leitura do presidente do Senado em sessão plenária para que a CPI seja instalada, porém Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da casa, já informou anteriormente que a solicitação não terá apoio pois o país realiza eleições este ano “o que prejudica o escopo de uma CPI”, disse Pacheco.