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Agronegócio

Com a colheita finalizando, safra tem projeções revisadas para cima e deve ser recorde

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As consultorias agrícolas elevaram suas estimativas para a safra de soja 2024/25, impulsionadas pelos bons resultados de produtividade em regiões produtoras, com destaque para o Mato Grosso. A projeção mais recente aponta para um volume recorde, refletindo as condições climáticas favoráveis e o avanço das práticas de manejo sustentável.

A produção nacional de soja pode atingir 172,1 milhões de toneladas, segundo levantamento atualizado, superando a previsão anterior de 171,3 milhões de toneladas. No ciclo 2023/24, a safra ficou em 155,5 milhões de toneladas, demonstrando um crescimento significativo na produção.

Com a colheita quase concluída, o momento é propício para o planejamento da cobertura do solo, uma prática essencial para a sustentabilidade do sistema produtivo. A adoção dessa técnica reduz a erosão, melhora as condições físicas do solo e contribui para a produtividade futura.

O milho, por exemplo, tem um papel fundamental nesse contexto, pois seu sistema radicular agressivo auxilia na descompactação do solo, criando melhores condições para infiltração de água e crescimento das culturas seguintes.

A integração do milho com a braquiária é uma estratégia consolidada, estudada há décadas por instituições de pesquisa agrícola. Essa consorciação favorece a infiltração e o armazenamento de água no solo, além de proporcionar uma cobertura eficiente, reduzindo a perda de umidade e a degradação da terra. Apesar dos desafios técnicos relacionados ao manejo da população de plantas e ao uso de herbicidas, a prática tem mostrado bons resultados na melhoria da qualidade do solo e na produtividade das culturas.

O Mato Grosso, por exemplo, maior produtor de soja do país, registrou um aumento significativo na estimativa de produção, com crescimento de 3,1 milhões de toneladas desde o início do ano. Em contrapartida, o Rio Grande do Sul enfrentou perdas expressivas, estimadas em 5 milhões de toneladas, devido às condições climáticas adversas.

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Seis estados apresentaram recordes de produtividade nesta safra, com destaque para Goiás e Bahia, ambos alcançando 68 sacas por hectare. No Mato Grosso, a produtividade média subiu para 66,5 sacas por hectare, enquanto no Rio Grande do Sul as dificuldades climáticas reduziram a estimativa para 37,5 sacas por hectare, bem abaixo das projeções iniciais.

Mas o principal destaque fica mesmo por conta do Mato Grosso, onde a produtividade média alcançou um recorde histórico de 3.900 kg/hectare. Com isso, a produção total no estado deve atingir 49,76 milhões de toneladas, um volume superior até mesmo ao da Argentina, que projeta colher 48 milhões de toneladas.

Os ganhos registrados em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Bahia devem compensar as perdas observadas no Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, onde o clima adverso impactou negativamente a produção. Para o Rio Grande do Sul, a estimativa é de uma queda de 22% na produção, totalizando 16 milhões de toneladas.

Além da soja, o cenário para o milho também é positivo. A área plantada no Brasil está estimada em 21,6 milhões de hectares, com uma produção total projetada em 126,9 milhões de toneladas, um crescimento de 4% em relação à safra anterior.

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O milho de primeira safra registrou uma redução de 7% na área plantada, mas a recuperação no rendimento médio deve garantir um volume de 24,8 milhões de toneladas. Já o milho de inverno, que representa 80% da produção nacional, deve ter um aumento de 2,1% na área cultivada e crescimento de 2,7% na produtividade, totalizando 102,1 milhões de toneladas, volume suficiente para abastecer o mercado interno e impulsionar as exportações.

O manejo adequado do solo segue como um dos fatores determinantes para a produtividade sustentável. O consórcio de milho com braquiária auxilia na fixação da palha, protegendo a superfície do solo contra erosão e perda de umidade.

Outra alternativa é a associação com leguminosas, como a crotalária ochroleuca, que possui raiz pivotante capaz de estruturar o perfil do solo. O manejo da cobertura vegetal deve ser realizado no período adequado para maximizar seus benefícios, garantindo melhor conservação do solo e maior eficiência produtiva.

As perspectivas para a safra 2024/25 são otimistas, impulsionadas pelo avanço das técnicas agrícolas e pelo uso eficiente dos recursos naturais. A combinação entre boas práticas de manejo e condições climáticas favoráveis reforça a competitividade do Brasil como um dos principais produtores globais de grãos, consolidando a importância do setor para a economia nacional.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Pecuária de Goiânia deve movimentar R$ 100 milhões em negócios agropecuários

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A 78ª edição da Exposição Agropecuária de Goiânia, popularmente conhecida como Pecuária de Goiânia 2025, acontece de 15 a 25 de maio no Parque de Exposições Agropecuárias Pedro Ludovico Teixeira, no Setor Nova Vila. Com entrada gratuita mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível, o evento é promovido pela Sociedade Goiana de Agricultura e Pecuária (SGPA). A expectativa é atrair mais de 500 mil visitantes ao longo dos 11 dias de programação diversificada, que inclui shows, exposições, leilões e atividades voltadas ao agronegócio.

Além das atrações culturais, a Pecuária de Goiânia é um importante polo de negócios para o setor agropecuário. Embora a organização ainda não tenha divulgado estimativas específicas de comercialização para esta edição, a feira tradicionalmente impulsiona o mercado regional, com destaque para a exposição e venda de animais de alta genética, leilões, além da presença de empresas de insumos, maquinários e tecnologias voltadas ao campo.

A edição de 2025 ocorre em um momento favorável para o agronegócio goiano. Segundo projeções da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Goiás deve atingir R$ 119,4 bilhões neste ano, refletindo o crescimento e a diversificação do setor no estado.

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A programação musical da Pecuária de Goiânia 2025 inclui mais de 10 shows gratuitos, com destaque para artistas renomados como Wesley Safadão, Léo Foguete, Murilo Huff e Amado Batista, que abrirá o evento no dia 15 de maio com a gravação de seu DVD.

Com uma área de 500 mil m², o Parque de Exposições contará com infraestrutura completa para receber o público, incluindo bares, restaurantes, boates, espaços infantis e áreas destinadas à exposição de animais de diversas raças, além de mini animais. A programação também prevê leilões, palestras sobre agronegócio, ações de responsabilidade ambiental e social, consolidando o evento como um dos mais importantes do setor na região Centro-Oeste.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Fenagra deve movimentar R$ 880 milhões em negócios da agroindústria

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Começa nesta terça-feira (13.05), no Pavilhão do Distrito Anhembi, em São Paulo, a 18ª edição da Fenagra — Feira Internacional da Agroindústria Feed & Food, Tecnologia e Processamento. Gratuito e voltado a produtores, técnicos e profissionais da cadeia agroindustrial, o evento segue até quarta-feira (15) com expectativa de movimentar cerca de R$ 880 milhões em negócios — um crescimento de 10% em relação à edição anterior.

Considerada a maior feira da América Latina nos segmentos de nutrição animal e reciclagem agroindustrial, a Fenagra 2024 contará com 230 expositores de 17 países, incluindo representantes da Europa, Ásia, América do Sul, Estados Unidos e Austrália. Serão 16 mil metros quadrados de área expositiva, abrangendo as cadeias de produção de rações para cães, gatos, aves, suínos, bovinos e peixes, além de setores como frigoríficos, graxarias, biodiesel, óleos e gorduras vegetais, grãos e derivados.

A programação técnica é um dos destaques da feira. Serão realizados 11 congressos especializados, com cerca de 200 palestrantes nacionais e internacionais, abordando desde biossegurança e inovação tecnológica até tendências de mercado e sustentabilidade.

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Entre os eventos paralelos de maior relevância está o II Fórum Biodiesel e Bioquerosene – Tecnologia e Inovação, promovido pela Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), nos dias 14 e 15 de maio. A discussão girará em torno da Lei do Combustível do Futuro, viabilidade técnica do biodiesel, rastreabilidade, qualidade dos biocombustíveis e novas frentes como HVO, SAF e combustíveis marítimos.

Outro ponto alto será o V Workshop CBNA sobre Nutrição em Aquacultura, promovido pelo Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA). O foco será em biossegurança, sustentabilidade e inovação na produção de rações para aquicultura, setor em franca expansão no Brasil.

A Fenagra é uma vitrine tecnológica e um espaço estratégico para negócios e atualização técnica, voltada especialmente aos produtores, técnicos, agroindústrias e cooperativas que atuam na base e nas pontas da cadeia agroalimentar brasileira.

Fonte: Pensar Agro

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Parque Berneck – Várzea Grande

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