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Cabo assume que temia “retaliações” e pede 3º depoimento para delatar esquema em MT

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O cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Corrêa Júnior, também entrou com pedido para que a Justiça o reinterrogue no caso que julga os crimes de interceptação telefônica ilegal em Mato Grosso. No mesmo documento, o militar pede para que sejam suspensas as audiências de julgamento agendadas para os dias 20, 21 e 22 deste mês, na próxima semana.

Segundo sua defesa, o objetivo é trazer a público informações não reveladas por medo de represálias. O pedido de Gerson surge um dia após a defesa do coronel Evandro Lesco ter protocolado a mesma solicitação.

Nesta quarta-feira (13), a imprensa mato-grossense veiculou a informação de que o coronel solicitou ser novamente ouvido, o que resultará no adiamento do fechamento do caso, agendada até então para a próxima semana. “Salientamos que o nobre representante ministerial já se manifestou favorável ao reinterrogatório do corréu coronel Evandro Ferraz Lesco, sempre o MP em seu mister possui caráter de buscar a verdade real, a defesa do cabo Gerson Corrêa diante dos fatos invocando as garantias constitucionais bem como o ordenamento jurídico pátrio aliados aos princípios da isonomia processual, ampla defesa, contraditório, paridade de armas e o due process of law, pugna por novo reinterrogatório em relação ao cabo Gerson Corrêa pelo motivo de a época de suas declarações pela 2ª vez havia temor de retaliações funcionais”, diz trecho do pedido.

Ao fundamentar o pedido, os advogados de Gerson também citam que o objetivo é ter a oportunidade de contrariar e se defender das argumentações de Lesco, que desde o início tenta provar sua inocência no envolvimento no caso. “Ressaltamos que merece ser acolhido o pleito pelo motivo de a defesa poder contraditar e se defender em relação ao que se refere ao teor do reinterrogatório do coronel Evandro Ferraz Lesco, bem como a suspensão das audiências ora designadas para a data de 20, 21 e 22 de março”, cita o documento.

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Curiosamente, apesar de pedido de Gerson surgir apenas nesta tarde, o documento é assinado pelos advogados Jackeline M. M. Pacheco e Neyman Augusto Monteiro no dia 6 de março, há exatos 7 dias. O choque de datas causa questionamento, uma vez que o documento chega a citar o requerimento de Lesco, o posicionamento favorável do MP, mas com data de solicitação anterior, até mesmo, ao do coronel.

Os advogados pedem que o caso seja analisado com urgência.

O JULGAMENTO

Cabo Gerson é réu confesso na ação dos grampos ilegais implantados em Mato Grosso. Ele é tido como operador do sistema e principal colaborador da Justiça na elucidação dos fatos. O caso tramita na 11ª Vara Criminal de Cuiabá, especializada em crimes cometidos por militares do Estado, sob o martelo do juiz Marcos Faleiros da Silva.

Boa parte do caso, inclusive o apontamento de como se dava o modus operandi e os envolvidos, foi fornecida por Gerson. Agora, caso seja deferido o pedido, o novo reinterrogatório poderá fornecer novos detalhes e nomes de envolvidos podem surgir, dando uma reviravolta no caso. Este será o terceiro depoimento sobre o caso que Gerson dará à Justiça.

Durante todo o trâmite do caso, o coronel Evandro Lesco negou sua participação no esquema, admitindo apenas ter emprestado o montante de R$ 24 mil ao cabo da PM Gerson Corrêa Júnior, que usou o dinheiro para comprar os equipamentos usados para realizar as escutas.  Além disso, o coronel também afirmou que, apesar de Gerson ser o responsável pela compra do equipamento utilizado para as escutas, de nome “Sentinela”, seu nome foi incluído pela empresa fornecedora como o responsável pela compra.

Ao protocolar o pedido, os advogados de Lesco citaram que seu cliente decidiu fornecer informações ainda desconhecidas pela Justiça no caso dos grampos ilegais.

A expectativa é que Lesco possa admitir sua participação no esquema, que grampeou ilegalmente adversários do ex-governador Pedro Taques (PSDB), ou que venha a firmar um acordo de colaboração premiada. “Sabido que o interrogatório se apresenta como meio de defesa pessoal realizado diretamente pelo acusado, o mesmo se diz do reinterrogatório, que não pode ser obstado quando impulsionado por motivações relevantes que influem diretamente no mérito da lide penal, sob pena de convalidação de constrangimento ilegal insanável e inequívoca afronta ao contraditório e à ampla defesa. Não se olvide que em relação a codenunciado foi oportunizada exegese similar”, frisou ao lembrar a oitiva do cabo Gerson Correa Júnior.

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Nos bastidores, já se comenta que Lesco tenha fechado acordo de colaboração premiada no âmbito da “Operação Esdras”, que tramita no Tribunal de Justiça. Ele teria comprometido o ex-governador e também o ex-chefe da Casa Civil e advogado Paulo Taques.

O pedido do coronel foi encaminhado pelo juiz Marcos Faleiros da Silva ao Ministério Público Estadual para emitir parecer sobre uma nova oitiva dele. O órgão, por meio do promotor Allan Sidney do Ó, se mostrou favorável ao depoimento do ex-secretário.  “O Ministério Público não se opõe ao deferimento do pleito, até porque, encontra-se respaldado de forma subsidiária no art. 196, do Código de Processo Penal, se tratando o interrogatório, de um ato processual não preclusivo”, diz o parecer.

Nas alegações finais, o MP pede que a Justiça condene Lesco pelo crime de realização de operação militar sem ordem superior, que pode resultar em 3 a 5 anos de reclusão, além de correr o risco de ser expulso da corporação.

Além de Evandro, também são réus na ação penal o cabo da PM Gerson Corrêa; o ex-comandante da PM, Zaqueu Barbosa; o coronel Ronelson Barros, ex-adjunto da Casa Militar; e o coronel Januário Batista. Além de Lesco, existem rumores de uma delação premiada de Zaqueu.

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Comissões de Relações Internacionais e de Fiscalização orienta sobre novas regras para apresentação de emendas parlamentares

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A Comissão de Relações Internacionais e a Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária (CFAEO) da Assembleia Legislativa, trouxeram uma equipe técnica da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), para realizar um treinamento online sobre as novas regras para apresentação e indicação de emendas parlamentares ao Orçamento do Estado de Mato Grosso. O curso direcionado para assessores dos 24 gabinetes parlamentares, foi ministrado nesta segunda-feira (28) na Sala das Comissões “Deputado Oscar Soares”, na da Casa de Leis.

O presidente da Comissão de Fiscalização, deputado Carlos Avallone (PSDB), lembrou que o objetivo é aumentar a transparência e garantir o uso eficiente dos recursos públicos, bem como adequar as normas ao plano de trabalho acertado entre Legislativo, Executivo e Judiciário, acompanhando as orientações feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, conforme Resolução 1/2025 do Congresso, para adequar o rito de apresentação e indicação de emendas parlamentares.

“A Sefaz criou um sistema novo de cadastramento de emendas, acompanhando as orientações do ministro Flavio Dino e veio mostrar como isso tem que ser feito, para os assessores de gabinete”, afirmou Avallone acrescentar que o trabalho vai melhorar a qualidade da apresentação e prestação de conta das emendas.

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“E neste caso nós estamos tratando do cadastramento das associações, prefeituras, cooperativas, entidades religiosas com fins sociais e outras entidades que recebem recursos públicos e que precisam dar transparência aos seus resultados e aplicações destes recursos”, completou o deputado.

O representante da Coordenadoria de Celebração e Acompanhamento de Convênios de Descentralização (CCAC) da Sefaz, Jasson Gabriel de Moraes Neto, explicou que o treinamento de hoje foi relacionado à parte técnica, onde foi mostrado aos assessores e deputados, como anexar documentos, certidões, atos e estatutos, dentro do Sistema de Regularidade Fiscal e Institucional (Sifi-MT).

“Nós tentamos sempre acompanhar o que é novo e moderno dentro do mundo digital e uma das opções é que o próprio assessor parlamentar consiga inserir as informações tanto de regularidade fiscal quanto institucional, para que celebrem seus objetos, planos de trabalho e objetivos gerais”, disse o coordenador da CCAC.

Para àqueles que não tiveram a oportunidade participar, ou quiserem complementar informações quando surgirem dúvida durante a execução da emenda, Jasson disse que é possível buscas mais informações no suporte do SIGCON, por meio do WhatsApp (65) 99989-8429.

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A consultora legislativa da ALMT, Janaina Polla, destacou a importância dos sistemas Sigcon e SIFI-MT, que é o suporte onde o deputado faz a indicação da dotação orçamentária e as entidades vêm sua qualificação, sua habilitação. para oferecer a parceria que foi proposta.

“É muito importante que as assessorias tenham o domínio desses sistemas, sabendo quais documentações são exigidas, porque é no gabinete do deputado que muitas vezes as entidades vêm pedir apoio, auxílio financeiro. E nós sabemos que não adianta o parlamentar fazer a destinação do recurso se a entidade não estiver com a habilitação plena”, explicou. Janaina afirmou que o novo sistema da Sefaz atende todos os requisitos propostos nas atuais regras de emendas parlamentares.

Fonte: ALMT – MT

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Wilson Santos homenageia policiais civis por excelência na segurança pública

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Neste ano, a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC) completa 183 anos de existência, os resultados alcançados nos últimos anos comprovam a eficiência e o comprometimento dos servidores na garantia da segurança para a sociedade mato-grossense. Em reconhecimento a esse trabalho, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) realizou, na última quarta-feira (23), uma sessão solene para homenageá-los com importantes honrarias, incluindo as comendas Dante de Oliveira e Filinto Müller, moções de aplauso e títulos de cidadão mato-grossense.

“Segurança é um dos direitos naturais do cidadão, que vem antes dos direitos constitucionais. São quatro direitos naturais: à vida, à liberdade, à propriedade e à segurança. A Polícia Civil Judiciária é exemplo nacional, com índice de resolutividade acima de 90%. Dificilmente se encontra algum crime em Mato Grosso que não tenha sido devidamente elucidado e seus responsáveis entregues ao Poder Judiciário. Temos que exaltar, com orgulho, a nossa polícia civil pelo grau de eficiência e competência. É uma polícia que trabalha sem pirotecnia, silenciosamente, mas que traz resultados concretos para a sociedade. Que esses profissionais se sintam reconhecidos e motivados para seguir fazendo da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso a melhor do país”, destacou o parlamentar.

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A delegada-geral da PJC, Daniela Siqueira Maidel, destacou que, apenas no ano passado, foram realizadas 488 operações com êxito em diferentes regiões do Estado. “Nosso papel é investigar e temos a missão de fazê-lo com qualidade, assegurando a proteção da população. Vivemos um momento muito positivo, impulsionado pelo uso da tecnologia e da capacitação, o que tem nos permitido enfrentar o crime de maneira mais qualificada”, afirmou a delegada, que atua há 24 anos na instituição e recebeu a comenda Filinto Müller.

Ela agradeceu ao deputado Wilson Santos pelo reconhecimento, estendendo a homenagem a todos os delegados, investigadores e escrivães da PJC. “Essa é uma homenagem a todos os nossos policiais civis, que se empenham diariamente para produzir investigações qualificadas. É uma honra para qualquer delegado de polícia receber esse reconhecimento”, completou.

A secretária municipal de Ordem Pública de Cuiabá e delegada de polícia, Juliana Chiquito Palhares, também foi agraciada com a comenda Filinto Müller. Em sua trajetória de 18 anos na PJC, ela expressou gratidão pela homenagem. Já o delegado Victor Hugo Bruzulato Teixeira, atual secretário de Justiça e titular da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), recebeu a comenda Dante de Oliveira.

“Em 18 anos de profissão na segurança pública, trabalhei muitos anos no interior, principalmente na região de Rondonópolis. Desde 2013, em Cuiabá, atuei em delegacias especializadas e na Gerência de Combate ao Crime Organizado, além da Diretoria da PJC. Agradeço a Deus, à minha família, aos colegas de profissão e ao deputado Wilson Santos e à Assembleia Legislativa por este reconhecimento tão importante para o nosso Estado”, declarou o secretário.

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A investigadora Andrea Pinheiro Moraes, que atua na Diretoria Geral da PJC, lembrou os avanços da instituição em seus 17 anos de carreira. “Fico honrada com essa homenagem. Trabalhamos por amor e ser reconhecido é ainda melhor. A Assembleia e os deputados demonstram que reconhecem a importância da segurança pública, à qual nos dedicamos 24 horas por dia”, afirmou ela, que recebeu uma moção de aplausos.

O escrivão Djalma Dias, da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), também homenageado, relatou suas experiências em 14 anos de serviço. “Quando investimos em uma carreira na polícia, sabemos dos desafios. Trabalhamos com afinco para combater a criminalidade e trazer segurança ao cidadão. Este reconhecimento é motivo de muita gratidão”, declarou.

Fonte: ALMT – MT

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Parque Berneck – Várzea Grande

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