As ações desenvolvidas pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT no combate à violência doméstica têm grande alcance social. Autor de leis que amparam as vítimas, o presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho recebeu Certificado de Agradecimento por esse trabalho, na Academia da Polícia Civil de Mato Grosso (Acadepol), na última quinta-feira (28).
Evento que faz parte do encerramento do ciclo de debates do projeto ‘Papo de Homem para Homem’, da Polícia Comunitária da Polícia Judiciária Civil – PJC/MT, coordenado pelo delegado Mário Demerval. Objetivo é orientar e conscientizar os homens sobre os impactos negativos dos padrões machistas, que contribuem para a perpetuação da violência. Por isso, as atividades desenvolvidas no projeto são fundamentais à prevenção de crimes familiares, pois promovem a reflexão e o questionamento de atitudes que sustentam comportamentos agressivos e desrespeitosos.
Botelho lembrou que, apesar dos avanços trazidos pela Lei Maria da Penha, a violência contra as mulheres continua sendo um problema grave. Citou falou da criação da Câmara Temática na ALMT, que tratou de temas relacionados a violência doméstica.
“Participei do encerramento do projeto Papo de Homem para Homem, um importante momento de conscientização sobre violência doméstica. Apesar dos avanços da Lei Maria da Penha, ainda temos desafios”, afirmou Botelho, ao agradecer a homenagem.
Para Botelho, o processo de mudança passa pela Educação. Defende que mais que punir é preciso prevenir, inclusive, com a oferta de cursos profissionalizantes para que as vítimas possam alcançar independência financeira e romper com o ciclo abusivo.
“A educação começa em casa, com pais ensinando meninos e meninas a se respeitarem igualmente. Precisamos fornecer apoio e educação desde os primeiros anos de vida”, disse.
Ao final, o presidente parabenizou todos os envolvidos no projeto, especialmente as mulheres e reiterou o compromisso da Assembleia Legislativa em apoiar iniciativas que visam a erradicação da violência e o fortalecimento da família. “Estamos aqui para ajudar a construir uma sociedade melhor. Contem conosco”, concluiu Botelho.
Mário Demerval, coordenador da Polícia Comunitária da Polícia Civil, ressaltou os avanços do programa de reabilitação para homens envolvidos em violência. “A reincidência é quase inexistente, não há novos registros desses indivíduos que participaram do programa, isso é fundamental na redução do feminicídio”.
Reflexão muda o comportamento agressivo
Dentre as ações, a senadora Margareth falou sobre a criação do Cadastro Nacional de Pedófilos e Estupradores, uma medida para dar mais transparência à identidade de agressores e evitar que essas pessoas permaneçam ocultas no sistema judicial. E fez um apelo à sociedade para que todos assumam a responsabilidade pela mudança, destacando que a justiça deve ser temida e respeitada.
“As leis precisam ter um impacto real na vida das mulheres e das famílias, para que crimes como o feminicídio sejam punidos de forma justa e rigorosa”, disse a senadora.
O juiz da Vara de Violência Doméstica, Jamilson Haddad, reconheceu que programas como esse geram uma reflexão profunda nos participantes. Disse que muitos homens chegam ao projeto com a sensação de serem vítimas do processo, mas, ao final, expressam sua gratidão e reconhecimento pelos benefícios da participação. “No final, eles agradecem emocionados, dizendo que, se tivessem participado antes, não estariam aqui”, contou o juiz.
Dentre as inúmeras leis de Botelho estão: Lei Ordinária – 10580/2017 – institui a Política Estadual de Qualificação Técnica e Profissional às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar no Estado de Mato Grosso.
Lei Ordinária – 12478/2024 – dispõe sobre a capacitação dos funcionários de bares, restaurantes, boates, clubes noturnos, casas de espetáculos e congêneres, de modo a habilitá-los a identificar e combater o assédio sexual e a cultura do estupro praticados contra as mulheres.
O deputado estadual Thiago Silva (MDB) comemorou nesta quinta-feira (16) a aprovação técnica da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o projeto de construção de um viaduto na região conhecida como Trevão, em Rondonópolis, proposto pela concessionária Nova Rota do Oeste.
Presidente da Frente Parlamentar em Defesa das BRs-163/364 na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Thiago Silva destacou os esforços realizados desde novembro de 2023, quando formalizou, por meio de indicação e ofícios, a solicitação da obra ao diretor da Nova Rota do Oeste, Roberto Madureira. Ele também ressaltou o trabalho conjunto com o então senador Mauro Carvalho no ano passado, que resultou na entrega de um projeto executivo ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), buscando garantir recursos federais para a execução do viaduto.
Silva também esteve junto da “Comissão Pró-Travessia” em reuniões com a presença de líderes comunitários para tratar da demanda de um viaduto para o atendimento e mais segurança da população local.
“Rondonópolis enfrenta um dos maiores gargalos logísticos da região no Trevão, e temos trabalhado incansavelmente, em parceria com o governo do estado, a Nova Rota do Oeste e a bancada federal, para viabilizar esta obra essencial. O viaduto não apenas vai melhorar o fluxo de trânsito, mas também trará mais segurança para todos os condutores, incluindo motoristas de caminhão, automóveis, motocicletas e ciclistas”, destacou o parlamentar.
Thiago Silva elogiou o comprometimento da Nova Rota do Oeste e de outras lideranças envolvidas no avanço do projeto. “Parabenizo o diretor-presidente da Nova Rota do Oeste, Cidinho Santos (PP), o governador Mauro Mendes (UB) e todos os parceiros por este importante passo em direção à concretização de uma obra tão aguardada pela população de Rondonópolis e região há décadas”, afirmou.
O deputado também ressaltou o futuro impacto do viaduto na logística e no transporte da produção agrícola da região. “O Trevão é um ponto crítico que afeta diretamente empresas, trabalhadores e a população em geral. A construção deste viaduto vai garantir maior fluidez no trânsito, melhorar a travessia urbana e fortalecer a logística de escoamento da nossa produção agrícola. Essa é uma conquista que defendemos com firmeza na Assembleia Legislativa e que será um marco para o desenvolvimento da nossa região”, concluiu Silva.
A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) recebeu, em 2024, 1.011 matérias, das quais 824 passaram pela análise técnica e política do colegiado. A média foi de 2,7 projetos apresentados por dia, incluindo feriados e finais de semana. Dos mais simples aos mais polêmicos, todos os projetos que tramitam na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) precisam, necessariamente, passar pela CCJR.
Do montante registrado pela CCJR, em 2024, 631 eram projetos de lei (PL), 82 vetos total, 35 vetos parcial, 31 projetos de lei complementar (PLC), 20 propostas de emenda à constituição (PEC), 14 projetos de resolução, dez requerimentos e um projeto de decreto legislativo. Entre os pareceres, 535 foram favoráveis à proposta, 154 contrários, 103 indicaram a derrubada do veto e 13 a manutenção do veto.
A análise da CCJR dos projetos que tramitam é realizada em etapas. Primeiramente a equipe técnica analisa a matéria e faz um parecer sobre a legalidade do texto, conferindo se o projeto obedece aos princípios de iniciativa e se está de acordo com as constituições estadual e federal. Depois, o parecer é apresentado ao deputado relator, que pode concordar ou não com a avaliação jurídica. Só então o parecer é lido e colocado em votação durante reunião da Comissão. Ao todo, a CCJR é composta por cinco deputados titulares e cinco substitutos. O parecer aprovado pela CCJR é, então, submetido para votação em plenário.
De acordo com a consultora da CCJR, Waleska Cardoso, a comissão analisa a legalidade, a judicialidade e a regimentalidade das matérias apresentadas no Poder Legislativo e, para isso, conta com uma equipe de profissionais da área do Direito que fazem toda a tramitação dentro da comissão, além do parecer jurídico. “Todos projetos recebem a análise técnica, que são acompanhadas de um resumo sobre as razões do parecer. Porém, a decisão é política, se leva em consideração a pertinência da proposta, se é uma demanda antiga da população. Quando o plenário entende que o interesse público sobrepõe a questão técnica, ele aprova uma matéria ou derruba um veto”.
Em 2024, algumas pautas ganharam destaque pela mobilização da sociedade, como foi o caso do Projeto de Lei 1363/2023, que propôs mudanças na lei e a proibição do transporte, armazenamento e comercialização de pescados dos rios de Mato Grosso. A proposta foi aprovada em fevereiro deste ano e, em março, foi sancionada como Lei 12.434/2024.
“Todas as matérias que tramitam na Casa são importantes, pois representam questões sobre determinado segmento. Porém, algumas ganham mais destaques, como foi o caso do Transporte Zero, que até hoje reverbera e é tema de discussões na Assembleia”, relembra Waleska.
Durante 2024, o deputado Júlio Campo (União) presidiu os trabalhos na CCJR; foi o segundo ano consecutivo que o parlamentar esteve no comando da Comissão. Além de Júlio Campos, também compuseram a CCJR os deputados Diego Guimarães (Republicanos), Dr. Eugênio (PSB), Thiago Silva (MDB) e Sebastião Rezende (União). A suplência foi ocupada pela deputada Janaina Riva (MDB) e pelos deputados Wilson Santos (PSD), Dilmar Dal Bosco (União), Fábio Tardin (PSB) e Beto Dois a Um (União).
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