O Avante oficializou, neste sábado (29), a pré-candidatura do deputado federal André Janones à Presidência da República nas eleições deste ano.
O lançamento foi num hotel no Recife, durante o encontro nacional do partido. Deputados, vereadores e prefeitos participaram do evento.
André Luis Gaspar Janones tem 37 anos e nasceu em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Filho de uma empregada doméstica, seu primeiro emprego foi como cobrador de ônibus. Se formou advogado e abriu um escritório de advocacia. Foi filiado ao PT.
A primeira disputa política foi em 2016, quando se candidatou à Prefeitura de Ituiutaba pelo PSC. Em 2018, ganhou projeção como um dos porta-vozes da greve dos caminhoneiros.
Atualmente, está no primeiro mandato de deputado federal já pelo Avante. Com forte participação nas redes sociais, tem mais de 13 milhões de seguidores.
Janones fez um discurso de 45 minutos marcado pela crítica à polarização e ao discurso de ódio. Disse que, como deputado, analisa os projetos pela qualidade das propostas e não pela ideologia política. Afirmou que atualmente o povo não é ouvido na busca das soluções. E apontou a fome, o aumento dos preços e o desemprego como maiores desafios a serem enfrentados.
“O povo está preocupado em saber quando nós vamos começar a ter uma redução no preço da gasolina, no valor do pacote de arroz, no valor do pacote de feijão, do gás de cozinha. O povo está preocupado em saber no pagamento do auxílio emergencial, para saber se vai conseguir sobreviver à pandemia que até agora não acabou. E as pessoas mais carentes desse país continuam sofrendo os efeitos nefastos que a pandemia provocou na economia. Ainda tem muita gente desempregada, a fome começa a assustar, como assustou no início dos anos 90, a fome volta a ser protagonista nos problemas sociais do nosso país. Não dá mais para a gente viver contra essa polarização, onde quem sai prejudicado são aqueles que mais precisam. Está na hora de unir o nosso país. Essa vai ser a eleição da diversidade, da tolerância. Não tem mais espaço para discurso de ódio. Não tem mais espaço para a radicalização. Existem problemas que são de todos, e são esses problemas que nós vamos combater”, disse Janones.
Outros pré-candidatos
Outros cinco partidos também já oficializaram as pré-candidaturas. O Cidadania, com Alessandro Vieira; o PDT, com Ciro Gomes; o PSDB, com João Doria; o Novo, com Luiz Felipe d’Avila; e o MDB, com Simone Tebet.
E mais cinco anunciaram os nomes, mas ainda não oficializaram as pré-candidaturas. O PL, com Jair Bolsonaro; o União Brasil, com Luiz Henrique Mandetta; o PT, com Lula; o PSD, com Rodrigo Pacheco; e o Podemos, com Sergio Moro.
Um inquérito aberto pela Polícia Federal apura a atuação de pastores lobista na pasta durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro . O presidente, porém, não é alvo da investigação.
Em um requerimento feito ao Supremo Tribunal Federal, contudo, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) quer que seja apurado tanto se Bolsonaro teve envolvimento nas irregularidades no MEC, como também se tentou interferir na investigação aberta contra Ribeiro. A partir do parecer, em que a PGR vai dizer se concorda ou não com uma investigação do presidente, ela vai analisar os próximos passos.
Em seu despacho, Cármen Lúcia fez menção apenas ao primeiro pedido do deputado petista, mas todo o processo irá para a PGR. Assim, o órgão terá que se manifestar sobre os dois pontos.
Além desse pedido do parlamentar de oposição, a Justiça Federal também determinou o encaminhamento ao STF da investigação aberta contra Ribeiro, uma vez que, segundo o Ministério Público Federal, foram levantados indícios da interferência de Bolsonaro. Como presidente da República, ele pode ser processado apenas pelo STF. Nesse caso, ainda não houve nenhuma decisão na Corte.
O pedido inicial do deputado Reginaldo Lopes, para apurar possível participação do presidente em ilicitudes, foi feito na quarta-feira da semana passada, após a deflagração da Operação Acesso Pago, da Polícia Federal, que levou à prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que seria solto no dia seguinte.
Na sexta-feira, após o Ministério Público Federal (MPF) apontar indícios de vazamento da operação e “possível interferência ilícita por parte do presidente da República Jair Messias Bolsonaro nas investigações”, o caso foi enviado ao STF pelo juiz federal Renato Borelli, que tocava o processo. A partir disso, Reginaldo Lopes fez um aditamento, pedindo também a investigação de Bolsonaro por possível tentativa de interferir na investigação.
O deputado disse que a investigação da PF apontou a “existência de uma organização criminosa chefiada pelo Presidente da República, Senhor Jair Messias Bolsonaro, que tinha como operador político o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e como operadores financeiros principais, os Pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, todos adrede conluiados, com o objetivo de fraudar o erário”.
Ele destacou que eram privilegiados “aliados políticos religiosos e/ou Prefeitos que aceitassem receber recursos públicos em troca de apoio aos projetos de reeleição do mandatário da Nação e de pagamento de vantagens indevidas aos apontados criminosos, quiçá até mesmo na perspectiva de constituição de caixa de campanha fora das linhas legais e constitucionais”.
Cármen Lúcia já foi relatora antes A ministra era a relatora de um inquérito no STF que tinha Milton Ribeiro como alvo, em razão de possíveis irregularidades no MEC. Quando ele deixou o cargo e perdeu o foro privilegiado, Cármen Lúcia enviou o processo para a Justiça Federal do Distrito Federal. Esse caso apura também os pastores lobistas Gilmar Santos e Arilton Moura, que facilitariam o acesso de prefeituras à pasta.
Na semana passada, durante a Operação Acesso Pago, Milton Ribeiro chegou a ser preso preventivamente e foi alvo de busca e apreensão, além de ter tido o sigilo bancário quebrado, por ordem do juiz federal Renato Borelli. Depois foi solto por decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
A PF já tinha interceptado ligações telefônicas do ex-ministro. Em uma delas, em 9 de junho, ele contou à filha que conversou por telefone com Bolsonaro. Segundo Milton Ribeiro, o presidente disse na época achar que fariam uma busca e apreensão contra o ex-ministro.
O diálogo levou o MPF a apontar houve indícios de vazamento e “possível interferência ilícita por parte do presidente da República Jair Bolsonaro nas investigações”. A partir disso, solicitou o envio do caso ao STF, tribunal que pode processar o presidente da República, o que foi autorizado pelo juiz federal Renato Borelli.
No telefonema com a filha, Milton Ribeiro afirmou:
“A única coisa meio… hoje o presidente me ligou… ele tá com um pressentimento, novamente, que eles podem querer atingi-lo através de mim, sabe? É que eu tenho mandado versículos pra ele, né?”.
Depois disse:
“Não! Não é isso… ele acha que vão fazer uma busca e apreensão… em casa… sabe… é… é muito triste. Bom! Isso pode acontecer, né? Se houver indícios né”.
Renan Calheiros pode reassumir vaga no Senado caso CPI do MEC seja aprovada 21.06.2022
O senador licenciado Renan Calheiro (MDB) discute informalmente com colegas de partido, sobre uma possível volta ao Senado caso seja instalada a CPI do MEC (Ministéria da Educação). A informação foi confirmada com fontes próximas ao senador Antonio Braga, líder do MDB no Senado.
Calheiros foi relator na última CPI da Covid na casa e atualmente está sob licença parlamentar por 120 dias, período em que deve atuar como coordenador da campanha de seu filho à candidatura para governo do Estado de Alagoas. O líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), já recolheu 28 assinaturas e aprovou requerimento onde solicida a abertura da CPI do MEC. O apoio a abertura da CPI ganhou força após a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, já solto pela justiça.
A partir de agora, o requerimento deve encaminhado para leitura do presidente do Senado em sessão plenária para que a CPI seja instalada, porém Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da casa, já informou anteriormente que a solicitação não terá apoio pois o país realiza eleições este ano “o que prejudica o escopo de uma CPI”, disse Pacheco.